País deve ter mais de 576 mil novos casos de câncer no próximo ano, aponta relatório do Ministério da Saúde
São Paulo, 28 de novembro de 2013
O Brasil deverá ter 576.580 novos casos de câncer em 2014, de acordo com estimativa divulgada na quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde. O tumor de pele não melanoma, o mais frequente tanto entre homens quanto em mulheres, deverá atingir 182 mil pessoas, o equivalente a 31,5% do total. Na publicação “Estimativa 2014 - Incidência de Câncer no Brasil”, elaborada pelo INCA, estão relacionados os 19 tipos de cânceres mais frequentes no país.
Sul e Sudeste terão maior número de casos. Por duas razões: as regiões apresentam altas taxas populacionais e de envelhecimento. Pelos cálculos do Instituto Nacional de Câncer (Inca), responsável pelas projeções, a previsão é de que ocorram 299.730 casos novos no Sudeste e 116.330 no Sul. Na região Nordeste estimam-se 99.060 novos casos, seguida do Centro-Oeste (41.440) e do Norte (20.020). Segundo o Inca, o câncer cresce no Brasil seguindo uma tendência internacional, fortemente influenciado pelo envelhecimento da população. Outros fatores de risco também são importantes, como o tabagismo.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os dados reforçam a necessidade de o câncer ser prioridade absoluta, para gestores e profissionais de saúde. Padilha chamou a atenção para o crescimento dos casos de câncer de cólon e reto, que hoje ocupa o segundo lugar do ranking dos tipos mais frequentes entre mulheres (atrás dos tumores de mama) e o terceiro entre homens (depois das neoplasias de próstata e de traqueia, brônquio e pulmão) - descontados os casos de câncer de pele do tipo não melanoma, de acordo com metodologia adotada pelo Inca.
O Inca ainda atribui o aumento à conjugação de vários fatores: obesidade, sedentarismo, envelhecimento e alimentação inadequada. Diante dos números, Padilha afirmou que um grupo deverá avaliar a possibilidade de se fazer o rastreamento desse tipo de câncer na população, a exemplo do que já é feito com câncer de colo de útero. Poucos países, como França e Noruega, adotam essa estratégia atualmente.
Estratégia
O exame mais importante para identificar a doença é a colonoscopia, um teste que exige infraestrutura, capacitação e preparo do paciente. O Inca avalia que a implementação de uma estratégia como essa teria de ser precedida de uma avaliação e de uma série de preparativos nos locais de atendimento, como treinamento e investimentos.
Mais comuns
Mulheres O câncer de mama deverá registrar o maior número de novos casos no País: 57.120, ou 20,8% do total - descontado 0 câncer de pele não melanoma.Homens São esperados 68.800 casos no País de câncer de próstata, ou 22,8% do total - descontado o câncer de pele não melanoma.
Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações da Agência Saúde – Ministério da Saúde e do jornal O Estado de S. Paulo)