CRF-SP participa de debate com outros conselhos de saúde e parlamentares sobre qualidade de ensino e viabilidade de exames de proficiência para recém-formados

 


São Paulo, 17 de outubro de 2013.

Representantes de 12 conselhos da área da saúde, dentre eles o CRF-SP, estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (17/10) no auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), para discutir junto com os parlamentares sobre a deficiência na qualidade dos cursos de graduação da área da saúde, sua relação com a formação de profissionais e o encaminhamento de propostas para viabilizar um projeto de lei para a realização de exames de proficiência para recém-formados.

Representantes de 12 conselhos da saúde reuniram-se na AlespRepresentantes de 12 conselhos da saúde reuniram-se na Alesp

A sessão foi realizada por iniciativa do deputado Carlos Neder, que presidiu a mesa de debates, com apoio da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São Paulo. O encontro foi uma demanda do Fórum dos Conselhos e Atividades Fins da Saúde (FCAFS), que reúne os Conselhos de Farmácia (CRF-SP), Odontologia (CRO-SP), Medicina (Cremesp), Biologia (CRBio-1), Biomedicina (CRBM-1), Educação Física (CREF4-SP), Enfermagem (Coren-SP), Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito-3), Fonoaudiologia (CRFa-2), Medicina Veterinária (CRMV-SP), Nutricionista (CRN-3) e Psicologia (CRP-SP).

Com exceção de um conselho, os demais debatedores concluíram pela necessidade de controle do registro e inserção de profissionais desqualificados no mercado de trabalho pela realização de exames obrigatórios ao final dos cursos. O posicionamento resultou da identificação do grande número de graduandos que saem das instituições de ensino despreparados e sem as condições mínimas para exercer a profissão.

Público presente à audiência na AlespPúblico presente à audiência na Alesp

Em seu pronunciamento, o dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP, fez um breve relato sobre o atual cenário da profissão farmacêutica e da importância da atuação da fiscalização, que garantiu a presença de farmacêuticos em cerca de 90% dos estabelecimentos. No entanto, lamentou a abertura indiscriminada de cursos de farmácia sem qualquer estrutura física ou pedagógica para a formação de bons profissionais e de como este fato banaliza a profissão.

O presidente do CRF-SP enumerou inúmeros problemas relacionados à formação do profissional como cursos que não atendem a carga horária mínima de 4 mil horas, não possuem laboratórios, professores que são contratados como autônomos e cumprem cargas horárias muito elevadas. “Infelizmente o CRF-SP não pode fiscalizar essas situações; A questão é emergencial ou colocaremos a população em risco”, alertou Menegasso.

Presidente do CRF-SP, Pedro Menegasso, e Carlos Neder (dir)Presidente do CRF-SP, Pedro Menegasso, e Carlos Neder (dir)

O deputado Carlos Neder concluiu afirmando que a audiência cumpriu o seu papel, que o FCAFS terá espaço permanente na Alesp e que o grupo terá o desafio de dar continuidade nas discussões. Propôs uma nova reunião para o dia 7 de novembro, na mesma Casa, ocasião que será uma oportunidade para discutir as demandas que serão encaminhadas para os representantes do Ministério da Educação (MEC). O deputado João Paulo Rillo, presidente da Comissão de Educação da Alesp também participou do debate.

 

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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