Mutação genética rara inspira novo medicamento para baixar colesterol

 

Mutação genética rara inspira novo medicamento para baixar colesterolMutação genética rara inspira novo medicamento para baixar colesterolSão Paulo, 11 de julho de 2013

Um novo medicamento começou a ser desenvolvido depois que pesquisadores descobriram uma mutação genética muito rara, que estimula o corpo a eliminar naturalmente o LDL, o chamado colesterol ruim.

Gigantes da indústria farmacêutica estão numa verdadeira corrida para aprovar a venda do medicamento, que promete baixar drasticamente o nível de colesterol nas pessoas. Amgen, Pfizer e Sanofi, já têm medicamentos que imitam os efeitos desta alteração dos genes. 

Os resultados preliminares dos ensaios clínicos são considerados extremamente promissores. 

Os especialistas esperam poder chegar a um novo patamar na prevenção de ataques cardíacos.

Em geral, mesmo adultos saudáveis têm taxa de LDL (as iniciais em inglês de lipoproteína de baixa densidade) superior a 100. 

Entretanto, o colesterol de duas mulheres — uma americana professora de aeróbica e uma jovem do Zimbábue — permanece abaixo de 15. Ambas herdaram de seus pais e mães uma mutação no gene chamado PCSK9.

O impacto que este novo medicamento pode provocar no mercado é enorme. 

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos EUA, mesmo se o medicamento for caro e injetável, dois milhões de americanos deverão se interessar.

Caso possa ser ministrada em comprimidos e for vendido a um preço acessível, um em cada quatro adultos poderia usá-lo.

A antecipação da produção do medicamento está sendo feita numa escala nunca antes vista na indústria. O Amgen, por exemplo, já está preparando três fábricas. Esta é uma aposta cara numa droga que ainda está sendo testada e pode levar anos até a sua aprovação.

Hoje, o principal remédio para baixar o colesterol é a estatina, lançada em 1987. 

Apesar de avanços, o número de mortes associados às doenças cardíacas ainda é avassalador; e a principal causa da mortalidade entre americanos, com cerca de 600 mil casos por ano. A nova droga, afirmam especialistas, poderá reduzir drasticamente esta letalidade.

Neste momento, as fábricas continuam recrutando voluntários para testar o medicamento. 

Em geral, depois que passaram a tomar o novo medicamento, voluntários com LDL bem superior a 100 têm visto a sua taxa despencar para 50, 40 ou ainda menos. 

Os medicamentos foram injetados, em uma ou duas doses por mês.

A redução drástica do LDL fez a Pfizer estabelecer um piso para esta queda. O tratamento é interrompido quando a taxa chega a 25 ou menos, já que não há muita experiência no tratamento de pessoas com níveis tão baixos de LDL.

Pesquisadores ainda querem saber quais as consequências para a saúde das pessoas que passam a ter níveis tão baixos de colesterol. Os estudos para avaliar os efeitos da forte queda de LDL ainda estão em curso.

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações do jornal O Globo)

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