Estudo sugere restrição ao diclofenaco, sob alegação de que o medicamento elevaria risco cardiovascular


Diclofenaco é indicado para o tratamento da dor, febre e inflamaçãoDiclofenaco é indicado para o tratamento da dor, febre e inflamaçãoUma análise publicada no periódico norte-americano PLoS Medicine sugere que o diclofenaco, um anti-inflamatório não esteroide, deixe de fazer parte das listas nacionais de medicamentos essenciais devido ao seu alto risco cardiovascular. Os autores do trabalho também afirmam que seria importante que as autorizações para o marketing do medicamento ao redor do mundo fossem revogadas.

Os anti-inflamatórios não esteroides são uma classe de medicamentos prescritos para controlar a dor, a febre e a inflamação. Também fazem parte dessa classe drogas como o ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno e o naproxeno. De acordo os autores do trabalho, já é sabido há algum tempo que alguns anti-inflamatórios não esteroides elevam o risco de uma pessoa sofrer algum evento cardiovascular, como ataque cardíaco ou derrame cerebral. E, da mesma forma, os especialistas também sabem que o diclofenaco parece aumentar essa chance mais do que outros medicamentos do tipo, como o naproxeno, por exemplo. Mesmo assim, em países como Canadá e Inglaterra, o diclofenaco é prescrito até três vezes mais do que o naproxeno.

Perigo conhecido — Ainda de acordo com o trabalho, o risco cardiovascular do diclofenaco é equivalente ao apresentado pelo Vioxx® (rofecoxib), que um dia já foi o anti-inflamatório mais vendido no Brasil e cuja venda foi proibida em 2004 justamente pelo risco que apresentava ao coração. Segundo um estudo feito em 2000 pelo próprio fabricante do Vioxx®, o laboratório Merck & Co., o consumo diário de 24 miligramas da droga por mais de 18 meses dobrava as chances de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

A análise publicada no PLoS Medicine avaliou os medicamentos utilizados em 15 países de diferentes níveis socioeconômicos e descobriu que o diclofenaco é o anti-inflamatório não esteroide mais utilizado em todos eles. De acordo com a pesquisa, o diclofenaco também faz parte da lista de remédios essenciais de 74 países de baixa, média e alta renda.

A análise foi feita por especialistas do Instituto de Pesquisa William Harvey, em Londres, e do Instituto para Ciências de Avaliação Clínica, no Canadá. Os autores acreditam que esses dados revelam que os riscos associados ao diclofenaco não estão sendo passados para a população de uma forma clara e eficiente.

Clique aqui para ler a publicação diretamente no site do período PLoS Medicine


Assessoria de Comunicação CRF-SP

(fonte: portal da Revista Veja)

 

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