Cientistas criam uma espécie de esponja injetável que pode contribuir com a medicina regenerativa
São Paulo, 21 de novembro de 2012.
Pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA) criaram uma esponja especial que pode ser comprimida a uma fração do seu tamanho original, o suficiente para ser injetada no corpo humano com uma seringa. Nesta técnica, o material pode ser moldado em qualquer formato e embebido com medicamentos e células-tronco para promover a regeneração de tecidos ou transplantar células do sistema imunológico.
Uma vez dentro do corpo, a esponja retorna ao seu tamanho original, liberando gradualmente sua carga. Ao final, ela lentamente se degrada, sendo totalmente absorvida pelo organismo.
A esponja biocompatível é uma espécie de "kit de regeneração" pré-fabricado, podendo servir a uma infinidade de tratamentos minimamente invasivos, incluindo a medicina regenerativa.
"O que nós criamos é uma estrutura tridimensional que você pode usar para influenciar as células do tecido ao redor, eventualmente promovendo a formação de novos tecidos," disse o dr. David Mooney, coordenador do laboratório onde a esponja biocompatível foi criada.
Suportes desse tipo já são usados hoje, mas precisam ser implantados cirurgicamente. O novo material promete tratamentos muito menos invasivos.
Formada essencialmente de alginato, uma gelatina derivada de algas marinhas, a esponja contém poros grandes, que podem acomodar líquidos, moléculas grandes e células inteiras.
A equipe também testou o uso do seu biomaterial para aplicação de proteínas e medicamentos, que são gradualmente liberados conforme a esponja se degrada no interior do organismo.
Uma das grandes vantagens do novo material é que, uma vez injetado, ele crescerá até assumir exatamente a estrutura com a qual foi projetado, não tendendo a ocupar qualquer espaço vazio no corpo.
Assessoria de Comunicação CRF-SP
(Com informações do Portal Diário da Saúde)