Em menos de 40 dias, EUA aprovam segundo medicamento para emagrecer, desta vez à base de fentermina e topiramato

 

Novo medicamento é indicado para pacientes com IMC a partir de 30Novo medicamento é indicado para pacientes com IMC a partir de 30

São Paulo, 19 de julho de 2012.

O FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, aprovou um novo medicamento contra a obesidade, o Qsymia® (inicialmente chamado de Qnexa®), do laboratório Vivus. A medicação é uma combinação de duas substâncias já utilizadas mundialmente, a fentermina (derivado da anfetamina que funciona como supressor de apetite) e o topiramato (anticonvulsivante usado no tratamento de epilepsia e enxaquecas).

Este é o segundo medicamento que chega ao mercado norte-americano no intervalo de 40 dias, após a agência ficar 13 anos sem autorizar a entrada no mercado de nenhuma droga contra o excesso de peso. O outro fármaco autorizado em junho passado foi o Belviq®, à base de locarserin (clique aqui para mais informações).

O Qsymia® é indicado para adultos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou acima, ou ainda para aqueles com IMC de 27 (sobrepeso) com a presença de comorbidades, como hipertensão, diabetes ou colesterol alto.

Testes realizados com 3.700 pacientes mostraram que aqueles que consumiram o medicamento perderam até 8,9% do seu peso em comparação com os que tomaram placebo. O principal argumento do FDA no comunicado oficial da agência, ao avaliar a droga, é de que “a obesidade ameaça o bem-estar dos pacientes em geral e é um importante problema de saúde pública”.

Especialistas brasileiros ouvidos pelos jornais que divulgaram a nova opção de tratamento da obesidade receberam a notícia com entusiasmo. Ao portal IG, a presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso), Rosana Radominski, afirmou que “os Estados Unidos ficaram 13 anos sem aprovar droga nenhuma contra a obesidade e no espaço de quase um mês aprovaram duas. Parece que a postura está mudando. É ótimo porque a população está aumentando de peso e estamos sem muitas opções terapêuticas”.

A mesma reportagem destaca a opinião do endocrinologista Bruno Halpern, da Liga de Diabetes do Hospital das Clínicas e também da Abeso: “Sempre houve a alegação de que não existiam estudos sobre a fentermina. Hoje a droga foi estudada, demonstrou ter um bom perfil de segurança. Não teria por que não ser aprovada".

À Agência Estado, o chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, Márcio Mancini, declarou que esse resultado é a maior perda de peso já obtida com um medicamento registrado nos EUA. "É uma perda de peso muito considerável. A sibutramina alcança a perda de peso obtida com a dose menor dessa droga".

Efeitos colaterais e contraindicações

O FDA ressalva que o uso do medicamento é contraindicado para grávidas, pois aumenta as chances do bebê nascer com lábio leporino (uma fissura entre a boca e o nariz). Pessoas com histórico de problemas cardíacos também não devem tomá-lo, pois há um ligeiro aumento na pressão arterial, assim como quem tem glaucoma ou hipertiroidismo.

De acordo com os especialistas, também aumentam as chances de ter insônia e irritabilidade, além de formigamento das mãos e pés, tonturas, sensação de alteração do paladar, constipação e boca seca.

 

Renata Gonçalez (com informações do portal IG e Agência Estado)

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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