Estudo desenvolve terapia com anticorpo capaz de reverter sintomas do diabetes tipo 1 em 48 horas

 

Terapia com anticorpo reverte sintomas do diabetes tipo 1 em 48 horasTerapia com anticorpo reverte sintomas do diabetes tipo 1 em 48 horasSão Paulo, 6 de julho de 2012.

Uma pesquisa publicada na revista Diabetes revelou, pela primeira vez, que o uso da imunoterapia pode no futuro ser capaz de reverter o aparecimento do diabetes recém-diagnosticado. No estudo, cientistas da University of North Carolina School of Medicine, nos Estados Unidos, desenvolveram injeções de anticorpos que rapidamente revertem o aparecimento do diabetes tipo I em camundongos geneticamente criados para desenvolver a doença.

Os resultados mostram que apenas duas aplicações mantiveram a remissão da doença indefinidamente sem prejudicar o sistema imune dos animais.

O diabetes tipo 1, anteriormente conhecida como diabetes mellitus insulino-dependente, é uma doença autoimune na qual as células T imunes do próprio corpo atacam e destroem as células produtoras de insulina no pâncreas.

O sistema imunológico consiste de células T que são necessárias para manter a imunidade contra diferentes agentes patogênicos bacterianos e virais. Nas pessoas que desenvolvem diabetes tipo 1, células T autorreativas que ativamente destroem as células beta não são combatidas como em pessoas saudáveis.

Os estudiosos explicaram que, clinicamente, houve alguns resultados promissores utilizando outros anticorpos em pacientes recém-diagnosticados com diabetes tipo 1, mas o processo da doença é bloqueado apenas por um curto período de tempo. Eles alegam que estes anticorpos não discriminam entre as células T normais e aquelas autorreativas. Portanto, as células T envolvidas na manutenção da função imune normal também vão ser eliminadas.

A equipe começou a estudar "anticorpos de não empobrecimento" que se ligam a proteínas específicas conhecidas como CD4 e CD8 expressas por todas as células T. O objetivo foi, então, determinar se estes anticorpos poderiam ter efeito terapêutico em camundongos diabéticos.

Eles descobriram que em alguns ratos recentemente diagnosticados, os níveis de açúcar no sangue voltaram ao normal dentro de 48 horas de tratamento. Dentro de cinco dias, cerca de 80% dos animais tinham sido submetidos a remissão do diabetes.

"O efeito protetor é muito rápido, e uma vez estabelecido, é de longo prazo. Seguimos os animais por 400 dias e a maioria permaneceu livre da doença. E, embora os anticorpos tenham sido eliminados do organismo dos animais em 2 a 3 semanas após o tratamento, o efeito protetor persistiu", observa Roland Tisch, que participou do estudo.

Segundo os pesquisadores, os anticorpos tiveram um efeito muito seletivo sobre as células T que mediaram a destruição das células beta. Após o tratamento, todas as células T normalmente vistas no pâncreas ou nos tecidos associados com o pâncreas haviam sido eliminadas. No entanto, as células T encontradas em outros tecidos e no sangue não foram afetadas.

A equipe planeja, agora, lançar um projeto criar e testar anticorpos específicos para a versão humana das moléculas CD4 e CD8.

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP

(com informações do portal Isaude.net - R7)

 

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