Inovador exame desenvolvido pelo InCor é capaz de diagnosticar doenças cardíacas através da análise do hálito

 


Inovador exame desenvolvido pelo InCor é capaz de diagnosticar doenças cardíacas através da análise do hálitoInovador exame desenvolvido pelo InCor é capaz de diagnosticar doenças cardíacas através da análise do hálitoSão Paulo, 29 de maio de 2012.

Um novo teste para diagnosticar doenças cardíacas está sendo desenvolvido por pesquisadores do Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O inovador exame promete facilitar, tornar mais rápido, além de baratear o diagnóstico, pois é capaz de detectar o problema de insuficiência cardíaca com um aparelho que mede o nível de acetona no hálito do paciente. 

O teste é simples e realizado através da análise do ar exalado. O paciente assopra em um pequeno aparelho que mede o nível de acetona (substância de cheiro forte, produzida durante os processo de metabolismo do corpo) presente no ar expelido. Quanto maior o nível, mais elevado é o estágio da doença.

Atualmente, a constatação da insuficiência é feita pela análise do sangue, para ser verificada a presença de uma substância chamada bnt. O teste do sopro custará cerca de 30% do valor cobrado pelo diagnóstico tradicional. “O novo exame é tão preciso quanto o atual, pois observamos que o nível da acetona no ar exalado cresce de maneira proporcional ao nível do biomarcador bnt no sangue. O exame de sangue custa mais de R$ 100. A troca vai reduzir o custo para o pacientes e até para o SUS [Sistema Único de Saúde]”, destacou o médico do InCor Marcondes Bacal.

O pesquisador afirma ainda que estudo está evoluindo. Atualmente a análise é realizada através do ar exalado, condensado por um processo de resfriamento e levado para o laboratório e o resultado sai em horas. Mas, com alguns ajustes, os pesquisadores esperam que o resultado saia imediatamente, no próprio aparelho, possibilitando um encaminhamento mais imediato para o tratamento especializado.

O estudo tem a parceria do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo Marcondes Bacal, o próximo passo é levar a pesquisa para outras universidades. “Vamos tentar aprimorar o aparelho de coleta do ar exalado e depois conseguir uma parceria com indústrias para o desenvolvimento tecnológico. Se tudo der certo, dentro de um ou dois anos a técnica já estará disponível.”

A insuficiência cardíaca é a etapa final de uma série de doenças que atingem o coração, como miocardites, doença de chagas, infartos. O órgão fica debilitado e passa a bombear o sangue com menos força. Isso causa retenção de líquidos, inchaços, acumulo de água no pulmão e principalmente falta de ar e cansaço excessivo aos esforços. Cerca de 10% dos pacientes que atingem esse nível da doença necessitam de transplante e aproximadamente 50% correm o risco de morrer.

Assessoria de Comunicação
(Com informações do Portal Saúde Web)

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