Setor foi tema do VIII Fórum de Diretrizes Curriculares do CRF-SP, que debateu propostas de melhorias na qualidade do ensino

 

Dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SPDr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP

São Paulo, 28 de maio de 2012.

O CRF-SP realizou no sábado (26 de maio), na capital, o VIII Fórum das Diretrizes Curriculares – Análises Clínicas e Toxicológicas: Tendências e Ensino, organizado pela Comissão Assessora de Educação Farmacêutica. A exemplo de edições anteriores, o evento teve por objetivo promover um debate intenso acerca do ensino farmacêutico voltada para uma área específica, no caso, as Análises Clínicas e Toxicológicas, e culminou com a discussão de propostas de melhoria na qualidade da formação do profissional que pretende atuar neste setor.

Na abertura do evento, o presidente do CRFSP, dr. Pedro Menegasso, ressaltou que as Análises Clínicas e Toxicológicas são parte essencial da profissão, e parabenizou o engajamento da Comissão de Educação e dos participantes do evento em favor ensino farmacêutico. “O professor de Farmácia é também farmacêutico, e os que hoje participam deste Fórum demonstram preocupação com nossa profissão”.

A primeira apresentação do Fórum abordou um panorama da área e as principais demandas dos profissionais de Análises Clínicas e Toxicológicas, com participação do membro da Comissão de Educação do CRF-SP dr. Geraldo Alécio de Oliveira.

Os ministrantes dr. Geraldo Alécio, dr. João Baptista Martins e dra. Luciane RibeiroOs ministrantes dr. Geraldo Alécio, dr. João Baptista Martins e dra. Luciane Ribeiro

Segundo dr. Geraldo, se no passado ao profissional da área era necessário apenas ter uma vocação tecnicista, apto para atuar em áreas como coleta de exames laboratoriais, microbiologia/parasitologia/citologia clínicas e sorologia, hoje é preciso que ele também domine conhecimentos em pesquisa e desenvolvimento de métodos analíticos, interpretação de exames e liberação de laudos, administração e marketing, entre outras habilidades. “Trata-se de um mercado que se desenvolve num cenário altamente tecnológico, renovador e competitivo, o que requer um profissional que acompanhe todas essas tendências. A academia, muitas vezes, não consegue acompanhar esse mercado”.

Público que acompanhou o VII Fórum de Diretrizes na capital: à frente, dr. Fábio Ribeiro e dra. Danyelle Marini, da Comissão Assessora de Educação FarmacêuticaPúblico que acompanhou o VII Fórum de Diretrizes na capital: à frente, dr. Fábio Ribeiro e dra. Danyelle Marini, da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica

Mapa do setor - Na sequência, o dr. João Baptista Junqueira Martins, membro da Comissão Assessora de Análises Clínicas (que foi parceira na realização do VIII Fórum), deu continuidade ao tema e detalhou alguns dados estatísticos do mercado nesta área. No Estado de São Paulo, hoje são 611 laboratórios cadastrados no CRF-SP, sendo 408 de propriedade de farmacêuticos e um total 567 farmacêuticos responsáveis-técnicos por laboratórios de Análises Clínicas e Toxicológicas.

O desfecho das apresentações ficou a cargo da coordenadora da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas, dra. Luciane Maria Ribeiro Neto, que relatou a experiência desenvolvida no CRF-SP com a oferta do curso Interpretação dos Exames Laboratoriais (módulos 1 e 2), que desde que foi implementado, em meados de 2011, capacitou cerca de 1,4 mil pessoas. Segundo ela, os números demonstram que o farmacêutico tem interesse em aprofundar seus conhecimentos em Análises Clínicas. “Motivação não se ensina. Se não mostrarmos que somos úteis e que nosso trabalho tem qualidade, vamos perder para outros profissionais”, afirmou dra. Luciane, referindo-se ao fato de que as Análises Clínicas ser uma área compartilhada com outros profissionais, entre os quais médicos e biomédicos.

 

Dra. Raquel Rizzi, dra. Priscila Dejuste e dr. Marcos MachadoDra. Raquel Rizzi, dra. Priscila Dejuste e dr. Marcos Machado

 

O encontro teve a participação de farmacêuticos docentes de localidades como São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul. Ao final, os participantes sugeriram e aprovaram propostas de melhoria do ensino de Farmácia em Análises Clínicas e Toxicológicas, que resultarão em um documento final, que, posteriormente, será disponibilizado no portal www.crfsp.org.br, na página da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica.

Os diretores dra. Raquel Rizzi (vice-presidente), dra. Priscila Dejuste (secretária-geral) e dr. Marcos Machado (diretor-tesoureiro) também estiveram presentes no Fórum, e reiteraram a importância de se discutir o currículo dos cursos de Farmácia com foco no mercado de trabalho e as diferentes áreas de atuação.

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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