Estudo aponta que um terço dos medicamentos utilizados para tratamento de malária são falsos


Um terço dos medicamentos para tratamento de malária são falsificadosUm terço dos medicamentos para tratamento de malária são falsificadosSão Paulo, 23 de maio de 2012.

Pesquisadores dos Estados Unidos constataram que um terço dos medicamentos utilizados no mundo para o tratamento da malária sejam falsificados. O resultado foi obtido após examinar 1.500 amostras de sete medicamentos de sete países no sudeste da Ásia.

Segundo os cientistas, a consequência dos comprimidos de baixa qualidade ou falsos estão gerando resistência aos medicamentos e também o fracasso dos tratamentos. Eles também examinaram dados coletados em 21 países da África sub-saariana, incluindo mais de 2.500 amostras de medicamentos, mostraram resultados parecidos.

Mas, os pesquisadores do Centro Internacional Fogarty, no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, acreditam que o problema pode ser ainda maior do que o que os dados sugerem.
"A maioria dos casos, provavelmente, é relatada para agências erradas ou mantida em segredo pelas companhias farmacêuticas", afirmaram os pesquisadores, que alertam que nenhum grande estudo sobre a qualidade dos medicamentos chegou a ser realizado em países como a China e a Índia, países que sediam um terço da população mundial e são a fonte "provável" de muitos dos medicamentos falsificados e também dos medicamentos verdadeiros, segundo os pesquisadores.

O artigo foi publicado na revista especializada "The Lancet Infectious Diseases".

Riscos de malária

O pesquisador que liderou o estudo, Gaurvika Nayyar, destacou que 3,3 bilhões de pessoas correm o risco de contrair malária, a doença que já foi classificada como endêmica em 106 países.
"Entre 655 mil e 1,2 milhão de pessoas morrem todos os anos devido à contaminação pelo Plasmodium falciparum (parasita causador da malária)", disse.

"Grande parte desta mortalidade pode ser evitada se todos os medicamentos disponíveis para os pacientes fossem eficazes, de alta qualidade e usados corretamente".

Os pesquisadores afirmaram que, em partes do mundo com predominância de malária, os medicamentos contra a doença são distribuídos em larga escala e receitados tanto de forma correta como incorreta.

O estudo também mostrou que as instalações para monitorar a qualidade dos medicamentos para malária são insuficientes e os consumidores e profissionais de saúde sabem pouco a respeito das terapias disponíveis. Além disso, há poucas regras para fiscalizar a fabricação e punição leve para os falsificadores.

Apesar de tudo isto, as taxas de mortalidade pela malária registraram uma queda de mais de 25% no mundo todo desde o ano 2000.

Mas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que manter as atuais taxas de progresso não será o bastante para alcançar as metas globais de controle da doença e pede por mais investimentos para o diagnóstico, tratamento e vigilância.

 

Thais Noronha

Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações do portal G1)

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