CRF-SP alerta sobre irresponsabilidade da venda de medicamentos em supermercadosCRF-SP alerta sobre irresponsabilidade da venda de medicamentos em supermercados

São Paulo, 27 de abril de 2012.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo faz um alerta para a aprovação da Medida Provisória 549/11 que trata da redução de impostos sobre produtos importados para o atendimento das necessidades de deficientes físicos e, em um dos parágrafos totalmente desconectados do foco principal, autoriza a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados, lojas de conveniência e armazéns. É inadmissível que se aproveitem dessa MP para permitir a venda em supermercados, colocando em risco a vida da população.

Ao longo dos anos, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo tem trabalhado incessantemente, para que a farmácia seja um estabelecimento de saúde e para que o medicamento seja tratado com responsabilidade e utilizado com orientação adequada. No entanto, algumas entidades do comércio varejista sempre trataram o medicamento como uma mercadoria qualquer, ou seja, sem preocupação alguma com a saúde e os perigos que eles oferecem. Para o CRF-SP, essas articulações, sem dúvida, contribuíram para a aprovação da Medida Provisória 549/11. 

Para Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP, colocar esse tipo de medicamento ao alcance da população em um supermercado é um incentivo à automedicação irresponsável. “A população fica com acesso direto ao medicamento, sem orientação e sem saber exatamente qual a finalidade e os riscos envolvidos no consumo. Sem contar o agravante em relação à influência da publicidade”. Menegasso também chamou a atenção para a fiscalização dessa venda em supermercados. “Quem irá fiscalizar o armazenamento correto e a origem desses produtos? Hoje, a falsificação movimenta milhões no país”.

Segundo Menegasso, o fato de um medicamento não necessitar de receita, não significa que não traga riscos à saúde do paciente. “Ao que parece, estão preocupados com questões comerciais. Cuidados com a saúde da população foram deixados em segundo plano”.

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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