Baixos índices da doença em todo o Estado podem ser porta aberta para descuido por parte da população
Ações de prevenção à dengue devem durar o ano inteiroSão Paulo, 26 de março de 2012.
A diminuição em 92% em relação ao ano passado dos casos de dengue no Estado de São Paulo é um número a ser comemorado, porém revela um alerta. De acordo com a Superintendência de Controle das Endemias – Sucen, a população e equipes de saúde devem estar em estado de atenção e não baixar a guarda para que os índices continuem baixos e ninguém seja surpreendido em novembro e dezembro. Na quarta-feira, 21/03, o CRF-SP participou mais uma vez da reunião entre os integrantes do Comitê Estadual de Mobilização contra Dengue, na sede da Sucen.
Durante a reunião, que contou com a presença de parceiros como a Dersa, Conselho Regional de Corretores de Imóveis, a EMTU, Rotary Clube, Cetesb, Artesp e Defesa Civil, representantes da Sucen reforçaram que as ações de prevenção e controle devem ser permanentes e não pontuais. Roberta Spinola, do Centro de Vigilância Epidemiológica, ressaltou que antigamente havia a sazonalidade da doença, hoje a transmissão se dá em todos os períodos. “O pico de transmissão ainda é março, abril e maio, por serem meses com temperaturas mais altas”. Ela destacou ainda a necessidade de profissionais de saúde e a população notificar o Centro de Vigilância Epidemiológica sobre as suspeitas pelo telefone 0800 555456. A Semana Estadual de Combate à Dengue acontece de 26 a 30 de abril e contará com a participação de 25 mil agentes para alertar a população sobre prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti.
Sucen diz que ações preventivas contra a dengue devem ser permanentes Também no encontro, Antônio Henrique Gomes, diretor do departamento de controle de vetores falou aos participantes que em 2009 e 2010 os números da doença foram muito maiores que nos anos anteriores, assim como o período de transmissão da doença. Ele ainda alertou sobre as perspectivas da dengue para esse ano. São elas:
• Ciclo natural da doença (com picos e quedas)
• Sorotipo 4 (pode haver uma explosão de casos)
• Eleições (A mudança de gestores pode interromper trabalhos de equipes de saúde)
• Desmobilização da população (deixa de pensar na prevenção)
Também na reunião, a dra. Cecília Shimoda, conselheira e representante do CRF-SP no Comitê, apresentou todas as ações do CRF-SP para prevenção e orientação sobre a dengue.“O farmacêutico tem um papel fundamental, já que muitas pessoas se automedicam e podem ter o risco agravado se estiverem com dengue”. Além disso, dra. Cecília destacou a Cartilha elaborada para farmacêuticos, as ações educativas para a população, a orientação do público interno do CRF-SP, além da contínua preocupação com a capacitação de profissionais.
Dra. Cecília Shimoda, conselheira do CRF-SP apresentou as diversas ações do Conselho para conter a dengue
Outros participantes também apresentaram suas iniciativas e parabenizaram o CRF-SP pela mobilização.
Balanço - Com base em boletim produzido pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (CVE), o número de casos de dengue no primeiro bimestre de 2012 foi 91,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2011. Nos dois primeiros meses deste ano, os municípios paulistas informaram 966 casos autóctones (com transmissão dentro do Estado). No mesmo período do ano passado houve 11.984 casos confirmados da doença. As informações são da Secretaria de Saúde.
CRF-SP no combate à dengue
Desde 2007, o CRF-SP integra o Comitê Estadual de Mobilização Contra a Dengue, constituído junto ao Gabinete da Secretaria de Saúde com atribuições de planejar, coordenar e acompanhar ações de mobilização social, de âmbito estadual.
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Folder orientativo (voltado à população) - Frente
Folder orientativo (voltado à população) - Verso
Cartilha técnica "Mobilização contra a dengue" (voltada ao farmacêutico)
Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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