Profissionais de Campinas e S. José dos Campos participam de simpósio sobre os novos horizontes para o varejo farmacêutico
São José dos Campos, 7 de outubro de 2011.
Campinas e São José dos Campos receberam esta semana o Simpósio “Varejo farmacêutico: novos horizontes para a atuação profissional”, encerrando o novo ciclo de palestras organizado pelo grupo Farmácia Estabelecimento de Saúde e que desde o início do ano percorre o Estado de São Paulo para debater as tendências e as dificuldades do farmacêutico que atua no setor.
Profissionais e estudantes das duas cidades participaram ativamente das discussões, que em ambos os locais foram iniciadas com a palestra do dr. Ludmar Serrão, proprietário de farmácias em Cerquilho e Tietê que desenvolvem um trabalho de atenção farmacêutica, demonstrando ser possível fazer do local um estabelecimento de saúde prestador de serviços e do farmacêutico um profissional referência para a população.
Os impactos da regulamentação do setor também foram destaque no Simpósio, que em cada cidade contou com a presença de representantes de entidades como a Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar) e do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma).
Dados como a queda nas vendas dos antibióticos após a publicação da RDC 20/11 foram apresentados em Campinas pelo dr. Rogério Lopes Jr, da Febrafar, sendo a tetraciclina (39,3%), azitromicina (33,3%), amoxicilina (31,7%) e lincomicina (25,7%) os que registraram o maior índice de retração.
Já em São José dos Campos, o dr. Luís Alberto Silva, também da Febrafar, destacou os números de uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que prevê que em 2015 o Brasil gastará R$ 60 bilhões com medicamentos (hoje, os gastos giram em torno dos R$ 40 bilhões), sendo 54% dessa receita obtida nas grandes redes.
A projeção da carreira do farmacêutico no setor varejista foi tema da palestra do dr. Juan Carlos Becerra, do Sincofarma, que defendeu que o setor tem de se fortalecer, melhorando a qualidade da mão-de-obra oferecida para sobreviver à concorrência do mercado.
Valorização do profissional
As duas cidades contaram com as presenças de diretores do CRF-SP, que mediaram os debates e ministraram o tema “Compatibilização da valorização profissional e o desenvolvimento empresarial”.
Em Campinas, o vice-presidente, dr. Marcelo Polacow, destacou que o setor de farmácias e drogarias é o que mais emprega farmacêuticos. “Dos 140 mil farmacêuticos do país, cerca de 50% estão no varejo. É uma área que está em crescimento e tende a expandir cada vez mais. Por que não apostar no empreendedorismo e pensar em ser proprietário da farmácia ou crescer na carreira?”
A postura do farmacêutico foi abordada na apresentação do dr. Pedro Menegasso, diretor-tesoureiro do CRF-SP. “É preciso demonstrar comprometimento, ter conhecimentos de gestão administrativa e desenvolver espírito de empreendedorismo para fazer a diferença no mercado”.
Os eventos contaram com as participações da dra. Priscila Dejuste (conselheira e coordenadora do grupo Farmácia Estabelecimento de Saúde), dr. Rodinei Vieira Veloso (conselheiro e coordenador do Núcleo de Educação Permanente), e dos diretores regionais dr. Leonel Almeida Leite e dra. Érica Penteado (Campinas), e do dr. André Luís dos Santos (São José dos Campos).
Renata Gonçalez e Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP