Unidade com amparo judicial para não ter farmacêutico é acusada de trocar medicamento; erro pode ser causa de morte de paciente 

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Reprodução da receita médica com a prescrição do medicamento nimodipina (Créd.: Jornal O Liberal)Clique na imagem para ampliar a reprodução da receita médica com a prescrição do medicamento nimodipina (Créd.: Jornal O Liberal)

São Paulo, 9 de setembro de 2011.

A insistência por parte do poder público em descumprir a lei que exige a assistência farmacêutica em farmácias públicas, entre as quais as de Unidades Básicas de Saúde (UBS), centros de saúde, ambulatórios e hospitais, pode ter feito mais uma vítima, desta vez fatal. O caso aconteceu em Americana, no mês passado, quando uma paciente recebeu medicamento trocado na farmácia municipal do Programa de Atendimento Imediato (PAI) – Unidade Zanaga, vindo a óbito após ingerir o produto incorreto.

Americana é um dos municípios que obtiveram na justiça liminar que os desobriga a contratar farmacêutico para prestar assistência farmacêutica em dispensários de medicamentos, contrariando o que determina a Lei 5991/73.

De acordo com reportagem do jornal O Liberal no último dia 7, o neto da paciente havia se dirigido à farmácia do PAI – Unidade Zanaga com uma receita de nimodipina, um vasodilatador indicado para prevenir Acidentes Vasculares Encefálicos (AVEs), mas, no lugar deste medicamento, a funcionária (citada na matéria como uma técnica de enfermagem) que o atendeu entregou nifedipina, um anti-hipertensivo. No link da notícia postado no site do jornal O Liberal, uma foto da receita médica comprova que a prescrição estava legível (imagem acima, à esq.).

O CRF-SP foi procurado pela reportagem de O Liberal para comentar o caso na edição de hoje (9 de setembro). Durante a entrevista, o diretor-tesoureiro dr. Pedro Menegasso esclareceu que somente um profissional formado em Farmácia poderia fazer a dispensação do medicamento. “Outro profissional no lugar do farmacêutico, pode acontecer o que aconteceu. Eles (prefeitura) preferem manter um profissional que não é capacitado e ainda responsabilizá-lo pelo ocorrido”.

Ainda de acordo com a reportagem, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso.

Clique nos links a seguir para ler na íntegra duas reportagens do jornal O Liberal sobre a ocorrência:

 

Polícia investiga morte por troca de medicamento no PAI

Vistoria do CRF flagrou falta de farmacêutico no PAI Zanaga

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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