Professora norte-americana defende maior valorização do farmacêutico na área

 

Estima-se que nos Estados Unidos existam cerca de 35 mil farmacêuticos clínicosEstima-se que nos Estados Unidos existam cerca de 35 mil farmacêuticos clínicosSão Paulo, 17 de agosto de 2011.

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira (17 de agosto) no portal G1 destacou a passagem da professora de Farmácia Clínica da Universidade do Texas, dra. Diane Ginsburg, no Brasil, para ministrar a palestra “Inovação na Farmácia Hospitalar” promovida pelo grupo Pharma Solutions esta semana, na capital.

Ex-diretora da associação de farmacêuticos clínicos dos Estados Unidos (ASHP, na sigla em inglês), a norte-americana afirmou na matéria que o farmacêutico é um profissional que precisa ser valorizado por saber mais sobre medicamentos do que médicos e enfermeiros. "Nós passamos mais tempo pesquisando sobre remédios, conhecemos melhor os efeitos."

Somente nos Estados Unidos, os farmacêuticos clínicos chegam a 35 mil. No caso do Brasil, Ginsburg acredita que os farmacêuticos precisam conquistar o espaço para poder ter mais voz ativa nas condutas clínicas. "Antigamente, o farmacêutico queria sempre ser invisível. Hoje a necessidade é justamente o contrário, ele precisa ter maior influência para guiar as prescrições que são passadas na rotina de um hospital. O farmacêutico deve se mostrar mais por aqui."

Para a especialista, o ensino no Brasil não é uma barreira para o crescimento da influência de farmacêutico no cotidiano dos hospitais já que as disciplinas ensinadas aqui são parecidas com as aulas ministradas nos Estados Unidos. "Os farmacêuticos daqui recebem a mesma instrução, a mesma educação que nós recebemos no meu país. Eles têm o mesmo 'calibre', são iguais a nós."

Convencimento

Nos Estados Unidos, a situação começou a mudar em favor dos farmacêuticos a partir da iniciativa do Instituto de Medicina, uma organização não governamental que divulgou um relatório em 1999, mostrando que até 98 mil pacientes morriam por ano nos EUA por conta de erros de medicações. "Depois desse trabalho, eu diria que as coisas começaram a mudar por lá e a atuação do farmacêutico começou a ser mais respeitada", afirma.

Para Ginsburg, o motivo é simples: "Quando não há colaboração entre os profissionais de saúde, os erros aparecem". A farmacêutica defende que a informação é a melhor maneira para tentar convencer outros profissionais de saúde sobre a estratégia adequada na hora de prescrever determinada droga. "Não é tão difícil convencer os médicos. Existem evidências científicas para algumas das posturas que defendemos."

Farmacêuticos clínicos precisam saber se um medicamento é o correto, se a dosagem é exagerada ou inferior ao necessário e até mesmo se combinações de drogas podem causar problemas ao paciente. É exatamente pela necessidade de estudos aprofundados que Ginsburg acredita na influência do profissional na equipe de saúde. "Até hoje nós ainda estamos aprendendo alguma coisa sobre o uso da penicilina, que é um antibiótico que existe há décadas."

Exemplos

Na Índia, um estudo no Hospital Apollo mostrou que o uso de farmacêuticos clínicos durante quatro meses foi o suficiente para reduzir em até 70% os erros de medicação.

Segundo dados divulgados em 2006 pelo International Journal of Evidence-based Healthcare - publicação científica da área de saúde nos EUA -, erros de medicação que poderiam ser evitados custam até US$ 29 bilhões por ano nos Estados Unidos. Na Austrália, a cifra é de US$ 350 milhões.


Fonte: portal G1

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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