Em Fernandópolis, CRF-SP debate os efeitos da proibição dos inibidores de apetite e o controle de antibióticos
São Paulo, 5 de julho de 2011.
O CRF-SP promoveu na manhã de 2 de julho (sábado), em Fernandópolis, um ciclo de palestras para discutir os problemas e as consequências relacionadas à possível proibição dos anorexígenos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a RDC 20/11, que trata sobre a retenção de receita para a compra de antimicrobianos.
O evento, que ocorreu no anfiteatro da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF), reuniu cerca de 50 farmacêuticos e acadêmicos. As palestras foram ministradas pelo diretor-tesoureiro dr. Pedro Menegasso e pela conselheira dra. Priscila Dejuste, e contaram com as presenças da presidente do CRF-SP, dra. Raquel Rizzi, que realizou a abertura, da diretora regional de Fernandópolis, dra. Lessy Mara Giacomini e da vice-diretora, dra. Roberta Souza.
Durante o evento, os palestrantes ressaltaram o posicionamento do CRF-SP, que, junto com o Conselho Regional de Medicina (Cremesp), são contra a proposta da Anvisa de proibir a venda destes substâncias. “O maior problema em proibir esses medicamentos está em retirar do mercado a única forma de tratamento farmacológico de uma doença que é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como um problema de saúde pública”, destacou o dr. Pedro.
Os presentes também puderam esclarecer dúvidas relacionadas à nova RDC 20/11, que ainda gera confusão entre os profissionais. As principais indagações dos farmacêuticos referiam-se acerca da retenção da segunda via da receita médica em vez da primeira e de como proceder na dispensação para pacientes que necessitam fazer o uso contínuo de substâncias antimicrobianas.
Para a diretora regional de Fernandópolis, dra. Lessy Mara Giacomini, o evento serviu como uma forma de fortalecer a ideia de que o controle gera mais resultados do que a simples proibição. “A maioria dos farmacêuticos da cidade apoia a posição do CRF-SP. Eles entendem que a proibição não é a melhor forma de solucionar o problema do uso indiscriminado, mas concordam que o aumento do controle da dispensação destes medicamentos é a medida adequada”.
Sobre a proposta de proibição dos anorexígenos, a dra. Lessy ainda destaca que a concordância entre as classes médica e farmacêutica é fundamental para que a proibição não seja efetivada. “Sem dúvida, a união entre médicos e farmacêuticos dá maior poder de voz e pode fazer com que a Anvisa reveja esta posição.”
Com a colaboração de Camila Souza
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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