1,3 milhão de anticoncepcionais foram retiradas da rede pública em quatro anos

 

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São Paulo, 30 de junho de 2011.

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo analisou os anticoncepcionais distribuídos pelo Programa de Saúde da Mulher entre os anos de 2007 e 2010. Ao todo, 34 lotes foram interditados no período e tiveram a comercialização proibida, a fim de evitar riscos sanitários ao planejamento familiar.

Das 154 amostras analisadas pelo Programa entre 2007 e 2010, 29% foram consideradas insatisfatórias. Dessas, 28% tiveram problemas nas análises físico-químicas e 1% na análise de rotulagem.
As análises, feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, verificaram 99 amostras de comprimidos, 52 de ampolas injetáveis e as demais de contraceptivos de emergência, as chamadas pílulas do dia seguinte. Apesar de os comprimidos serem a forma de uso mais frequente, apenas 10% das amostras apresentaram algum tipo de irregularidade. Já entre os injetáveis, 55% tiveram algum problema.

Anticoncepcionais injetáveis

Os injetáveis analisados foram os que mais apresentaram problemas. Na análise de rotulagem todas as amostras foram consideradas insatisfatórias por não apresentarem na embalagem o nome genérico da substância ativa e nem o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

As irregularidades em relação à qualidade também foram encontradas com maior frequência nos anticoncepcionais injetáveis. Uma das principais foi no volume menor que o adequado do produto, o que pode comprometer a eficácia do anticoncepcional e causar gravidez indesejada. Ainda foram encontrados problemas no aspecto físico-químicos de contraceptivos injetáveis e comprimidos. No caso dos injetáveis, segundo a pesquisa, os desvios podem ocasionar graves problemas após a aplicação, como necrose muscular e diminuição da eficácia do medicamento.

Providências

Depois de confirmadas essas irregularidades, diante das contraprovas exigidas pelos fabricantes, ações sanitárias foram tomadas e os lotes de medicamentos, recolhidos.
Durante este período foram interditados pelo menos 1,3 milhão de unidades de anticoncepcionais. A Secretaria de Estado da Saúde solicitou a quantidade de medicamento em cada um dos lotes e ainda aguarda os dados do laboratório.

Segundo os pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, alguns medicamentos que apresentaram irregularidades durante o estudo foram regularizados em lotes posteriores. No entanto, como as compras de medicamentos são contínuas, esses anticoncepcionais podem ser de novos fabricantes e exigem a necessidade de monitoramento constante.

 

Thais Noronha, com informações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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