Estudo envolveu quase 1 milhão de idosos hipertensos, entre os anos de 1994 e 2009Estudo envolveu quase 1 milhão de idosos hipertensos, entre os anos de 1994 e 2009

São Paulo, 19 de janeiro de 2011.

Pacientes idosos que usam concomitantemente medicamentos para o controle da hipertensão arterial com alguns antibióticos correm risco de sofrer forte queda de pressão. É o que aponta um estudo realizado em Toronto, no Canadá, no qual foram avaliados 999 mil prontuários médicos de pacientes com 66 anos ou mais, entre 1994 e 2009.

A principal interação identificada no estudo ocorreu entre os anti-hipertensivos da classe dos inibidores do canal de cálcio e os antibióticos eritromicina e claritromicina, ambos frequentemente prescritos para o tratamento de infecções das vias respiratórias.

Segundo os pesquisadores, a associação da eritromicina com medicamentos para hipertensão aumenta em seis vezes o risco de queda brusca da pressão arterial. Com a claritromicina, o risco é quatro vezes maior.

O estudo também apontou que o antibiótico azitromicina, embora pertença à mesma classe da eritromicina e da claritromicina (macrolídeos), não apresenta o mesmo risco de queda de pressão arterial.

A explicação para a interação entre esses medicamentos é que os dois antibióticos inibem uma enzima vital à metabolização do canal de cálcio, como ocorre durante a ação dos anti-hipertensivos à base de amlodipina, nifedipina, felodipina, diltiazem e verapamil. Ao interferirem na metabolização do canal de cálcio, os anti-hipertensivos têm seu efeito potencializado, fazendo a pressão cair a níveis mais baixos do que os desejados.

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

(com informações da Folha de S. Paulo)

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