Convidados diversos entre eles uma escritora, uma estudante de Farmácia que desenvolve um trabalho de monitoramento de propaganda de medicamentos, dr. Sálvio di Girólamo, secretário-geral da ABIMIP (Associação Brasileira de Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição), o toxicologista Anthony Wong e um educador ambiental discutiram durante uma hora, ao vivo, sobre a cultura do brasileiro de se automedicar. Dra. Raquel chamou a atenção a respeito da importância da orientação e destacou os riscos de complicações quando o consumo é indiscriminado. “Mesmo quando os medicamentos forem isentos de prescrição, o paciente precisa ser orientado para evitar superdosagens e reações adversas”.
A presidente destacou ainda que o medicamento não é uma mercadoria qualquer e que as pessoas não podem pensar que medicamento resolve tudo. “É preciso ter critério e não adquirir medicamentos fora da farmácia”. Outro problema ressaltado por dra. Raquel foi a interação medicamentosa. “De nada adianta a pessoa tomar um anti-hipertensivo comprado com receita, junto com antiácido que diminui o efeito, mais do que nunca a orientação adequada e a leitura da bula fazem toda a diferença”.
A utilização de plantas em substituição a alopatia foi defendida pelo educador ambiental Lucas Ciola. No entanto, dr. Anthony Wong fez questão de frisar que é preciso ter cuidado também com as plantas, pois o uso indiscriminado também pode desencadear reações adversas. “O bom remédio é aquele prescrito na hora certa, para a pessoa certa e na dose certa, qualquer uso fora disso pode intoxicar”.
Dr. Sálvio di Girólamo, da ABIMIP enfatizou a automedicação responsável. “A sociedade precisa ser educada. As autoridades precisam explicar os significados das tarjas e os principais riscos para que a população tenha dimensão do perigo do uso sem orientação”.
O CRF-SP está em constante campanha para alertar a população e os profissionais de saúde a respeito do uso racional de medicamentos, destacando a necessidade da orientação farmacêutica.
