O estudo traz esperanças de que o controle da insulina possa reduzir os riscos de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa – período em que ocorre a maioria dos casos.

A obesidade é um fator de risco bem estabelecido para o câncer de mama, porém os mecanismos por trás da relação são pouco conhecidos. Muitas pesquisas sugerem que o hormônio estrogênio pode cumprir um papel na relação entre obesidade e câncer de mama. Porém, as mulheres obesas podem ter outros desequilíbrios hormonais, como mudança nos níveis de insulina, que, segundo os especialistas, estimula o crescimento de células de câncer em culturas de tecidos.

A avaliação envolveu mais de 1,6 mil mulheres na pós-menopausa (das quais 835 desenvolveram câncer de mama durante o acompanhamento). Os pesquisadores descobriram que aquelas com maiores níveis de insulina no sangue no início do estudo eram 50% mais propensas a desenvolver câncer de mama, comparadas com mulheres com menor concentração do hormônio.

Os resultados indicam que esse efeito seria maior entre as mulheres que não fizeram a terapia de reposição hormonal. Segundo os autores, isso ocorre porque a terapia tem um efeito significativo nos níveis de insulina e em outros fatores hormonais.

Os pesquisadores ressaltaram que, controlando os níveis de insulina na análise, a associação entre obesidade e câncer de mama se tornava mais fraca, indicando que “um grande componente dessa relação ‘obesidade-câncer de mama’ pode ser mediado pelos níveis de insulina”.

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