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Encontro discute atuação do farmacêutico no cuidado ao paciente em diversas áreas

Público presente no auditório da UNIPPúblico presente no auditório da UNIPSão Paulo, 13 de abril de 2015.

O XV Encontro Paulista de Farmacêuticos – Visão Setorial, foi realizado no sábado (11), no auditório da Universidade Paulista (UNIP), em São Paulo. O evento reuniu profissionais e estudantes para a discussão com representantes das comissões assessoras do CRF-SP sobre a atuação farmacêutica no cuidado ao paciente.

Durante a abertura, o dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP, destacou a importância da discussão para a evolução da profissão. “A profissão está se voltando ao cuidado ao paciente. Temos o grande desafio de implementar a Lei 13.021/14, que demorou tanto tempo para conseguirmos aprovar e agora temos uma ferramenta excelente para discussão. Precisamos de profissionais que contribuam com as discussões e o tema desse Encontro é propício para isso. Com certeza sairemos daqui muito mais preparados para exercer a profissão”, avaliou o presidente.

Dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SPDr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP

O evento dividiu as discussões em painéis de debate. A primeira mesa reuniu a profª dra. Marise Bastos Stevanato, que falou sobre a área de Educação Farmacêutica; dr. José Vanilton de Almeida, sobre a atuação na Farmácia; e a dra. Rosana Spezia Ferreira, sobre a responsabilidade do farmacêutico no cuidado ao paciente da Saúde Pública.

2015 04 13 primeiro painelPrimeiro painel de discussões

“A farmácia é o ponto principal no cuidado ao paciente. Por isso, o paciente precisa de um profissional bem informado. O caminho para realizar um bom trabalho é o farmacêutico se aprimorar”, aconselhou dr. Vanilton de Almeida aos profissionais do segmento.

“Logo seremos vistos como profissional imprescindível para o cuidado à saúde do paciente. Na academia, temos muitos desafios para formar esse novo farmacêutico. Estamos num momento de discussão das diretrizes dos cursos de Farmácia e o Estado de São Paulo está empenhado em melhorar a formação nos aspectos clínicos”, destacou a profª dra. Marise.

Para a dra. Rosana Spezia, o farmacêutico da saúde pública precisa se apoderar sobre tudo o que é feito na unidade de saúde e estudar bastante. “O importante é se preparar e elaborar um método de trabalho, arrumar tempo, se organizar melhor, delegar mais aos funcionários e auxiliares para atividades que não são exclusivas do farmacêutico”, afirmou.

O segundo painel trouxe ao debate representantes da Farmácia Clínica, com a dra. Vanessa Andrade; Farmácia Hospitalar, dra. Vanusa Barbosa; e dra. Marion Coting Braga, que falou sobre os cuidados ao paciente nas Análises Clínicas e Toxicológicas.

Segundo painel de discussõesSegundo painel de discussões

“Nas Análises Clínicas, o farmacêutico pode contribuir com o cuidado ao paciente de diversas formas, tanto direta como indiretamente, atuando nas etapas pré-analítica, analítica e pós-analítica do exame laboratorial. É preciso fazer o acompanhamento com o paciente para conhecer as variáveis que possam interferir nos exames”, comentou a dra. Marion Cotting.

“Na Farmácia Hospitalar, o farmacêutico pode contribuir no cuidado e em todas as etapas em que o medicamento passa pelo hospital, na seleção, compra, armazenamento, distribuição e na hora da utilização”, enumerou a dra. Vanusa.

Para a dra. Vanessa, é importante que o farmacêutico esteja mais presente junto ao paciente nos hospitais. “Somos muito bem recebidos pelos pacientes, mas às vezes o farmacêutico não é identificado. Por isso, é preciso que a gente goste de se mostrar”, disse.

As práticas integrativas e complementares ocuparam o terceiro painel de discussões, com as participações do dr. Carlos Alberto Kalil Neves, representando a acupuntura; dra. Raissa Sansoni do Nascimento, especialista em Plantas Medicinais e Fitoterápicos; dra. Amarilys de Toledo César, que falou sobre os cuidados ao paciente na área de homeopatia.

Terceiro painelTerceiro painel

“O farmacêutico é o elo entre o popular, o tradicional e o científico. Hoje, com a prescrição farmacêutica, é muito importante o papel do farmacêutico instruindo a população. Na nossa área é essencial porque a maioria dos fitoterápicos não depende de prescrição médica, mas prescindem da orientação farmacêutica”, destacou a dra. Raissa Sansoni do Nascimento.

“A acupuntura pode ajudar no cuidado ao paciente fazendo o tratamento profilático, para evitar que ele fique doente, agrave ou adquira novas doenças. Isso leva a melhor qualidade de vida e inclusive aumenta a longevidade da pessoa”, avaliou o dr. Carlos Alberto Kalil Neves.

“A homeopatia se propõe a cuidar do paciente como um todo, de questões mais agudas, mais autolimitadas. O paciente procura a gente na farmácia, então precisamos nos preparar para apresentar um excelente atendimento”, aconselhou a dra. Amarilys.

O quarto e último debate do XV Encontro Paulista de Farmacêuticos – Visão Setorial reuniu os especialistas em: pesquisa clínica, dra. Raquel Campos; Indústria, dr. Evaldo Molinari; Distribuição e transportes, dra. Elaine Manzano; e Resíduos, dr. Raphael Correa de Figueiredo.

Quarto painelQuarto painel

O farmacêutico que atua com resíduos e gestão ambiental não está, como em outras áreas, ligado diretamente ao cuidado com o paciente, mas, de acordo com o dr. Raphael Correa de Figueiredo, essa atuação impacta diretamente na saúde de toda a população. “Existe a obrigatoriedade de todos os farmacêuticos saberem como gerenciar resíduos. Esse conhecimento é importante para que ele oriente adequadamente o paciente como descartar as sobras”, afirmou o especialista.

Dr. Marcos Machado, diretor tesoureiro, dra. Raquel Rizzi, vice-presidente, e dra. Priscila Dejuste, secretária-geral, prestigiaram o eventoDr. Marcos Machado, diretor tesoureiro, dra. Raquel Rizzi, vice-presidente, e dra. Priscila Dejuste, secretária-geral, prestigiaram o evento

A principal contribuição que a indústria oferece no cuidado ao paciente, segundo o dr. Evaldo Molinari, é garantindo que o medicamento mantenha a sua qualidade e ação desejada. “Isso não é fácil, dada as constantes mudanças de legislação. Muitas vezes essa adequação gera um estresse muito grande. A gente sempre pensa em como fazer uma mudança no processo sem que haja uma alteração naquele medicamento, naquele produto, para que não afete o paciente”, revelou o palestrante.

A área de distribuição e transportes também não está ligada diretamente com o cuidado ao paciente, mas, segundo a dra. Elaine Manzano, o trabalho desenvolvido no segmento garante a qualidade do medicamento através das boa prática de armazenagem, distribuição e transporte. “Dessa forma, a gente consegue garantir que o tratamento do paciente será eficaz”, disse a especialista.

A dra. Raquel Campos enumerou os principais cuidados ao paciente na área de pesquisa clínica, que, segundo a especialista, são: “compliance (adesão do paciente ao tratamento),  imprescindível para que sejam gerados dados confiáveis a partir da pesquisa; análise e identificação de um evento adverso junto ao profissional médico; e a presença do farmacêutico para a dispensação dos medicamentos, visto que é uma atividade privativa do profissional.”, disse ela, que ressaltou ainda a importância dos estudos clínicos serem realizados de acordo com as boas práticas clínicas e com a legislação vigente.

 

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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