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Anvisa reúne especialistas para discutir permanência dos inibidores de apetite no mercado


Anvisa reúne especialistas para discutir permanência dos inibidores de apetite no mercadoSão Paulo, 14 de junho de 2011.

Confira as discussões que ocorreram até o momento (atualizações postadas no perfil do CRF-SP no Twitter - @crfsp e na página www.facebook.com/crfsp):

 

 

Conclusão do dr. Christian Torp-Pedersen, professor do Gentofte Hospital, em Copenhagen: o aumento do risco cardiovascular com o uso da sibutramina é de 0,2%. Portanto, se ela for retirada do mercado, devem ser retirados outros medicamentos, inclusive alguns AINES.

- Dr. Walmir Coutinho concluiu sua apresentação questionando sobre a possibilidade de aumento do risco do uso off label de outros medicamentos para o tratamento da obesidade.

- Dr. Flavio Danni Fuchs questionou o uso da sibutramina, por entender que não é um medicamento seguro, pois causa riscos cardiovasculares como o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca.

- Representante do Conselho Federal de Medicina defende a necessidade de busca por alternativas terapêuticas, antes da proibição das atualmente existentes. CRF-SP está presente na discussão em Brasília.

- Conselho Federal de Medicina: A proibição cerceia o direito do paciente e a autonomia do médico. Prescrição ética e dispensação controlada são possíveis atualmente.

- Dr. Francisco Paumgartten da Fundação Oswaldo Cruz: sibutramina foi considerada segura, pois foi comparada a um medicamento desastroso (fenfluramina). A perda de peso deve ser avaliada considerando a forma como foi obtida, ou seja, com exercício físico e dieta ou com o uso de um medicamento que pode causar risco cardiovascular.

- Espaço aberto para entidades se posicionarem. Durval Ribas Filhos, da Associação Brasileira de Nutrologia, concorda com a necessidade de novos estudos. Assim como a sibutramina, outros medicamentos também causam eventos adversos.

- Dra. Rosana Pinto, da Abeso, ressalta todos os problemas dos pacientes obesos, já que eles não sofrem apenas riscos cardiovasculares. Se respeitadas as indicações e contraindicações, a sibutramina é segura.

- Dr. Vanderli Bernardo critica o estudo Scout por achar que o grau de incerteza do resultado é grande para recomendar ou não a sibutramina.

- Dr. Angelo de Paola, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, acredita que a essa altura não dá para imaginar que a sibutramina vai diminuir os eventos cardiovasculares. Apesar dos benefícios, também há riscos.

- Fenafar: Se a sibutramina é eficaz para o tratamento da obesidade, por que temos índices de obesidade tão elevados no país?

- Conselho Federal de Farmácia defende novas pesquisas no Brasil, aumento do controle do SNGPC e inserção do CID. O governo tem a obrigação de manter alternativas para o tratamento de 20 milhões de brasileiros obesos.

- Prof. Carline, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas - Cebrid: o problema não reside nas drogas, mas na nossa cultura. Em 1994, o CFF e o CFM ponderaram o uso das anfetaminas. A maioria das prescrições médicas não é para obesidade mórbida, mas para estética.

- José Ruben Bonfim, da Sobravime: Dezenas de trabalhos do prof. Carline são ignorados pelas sociedades científicas. Pede que os participantes apoiem a decisão da Anvisa.

- Dr. Antony Wong, do Ceatox: a ênfase da OMS hoje é na segurança do paciente. Destaca que entre os dados de intoxicação por benzodiazepínicos apresentados estão muitos casos de tentativa de suicídio.

- Anvisa: Hoje temos milhares de obesos e amanhã poderemos ter milhares com doenças cardiovasculares.

- Dr. Ricardo Meireles, SBEM: o tratamento com medicamento não obtém o mesmo resultado em termos de peso do que com medicamento. O aumento da pressão arterial pode ser tratado com anti-hipertensivo.

- Dr. Ricardo Meireles, da SBEM: O FDA não proibiu o uso da sibutramina, ela foi retirada do mercado pelo laboratório.

- Dr. Álvaro Atala, diretor do Centro Cochrane do Brasil fala sobre a incerteza da sibutramina: não se sabe se faz mais bem ou mal ao paciente.

- Intervalo no Painel Técnico sobre anorexígenos na Anvisa. Discussões recomeçam em breve. Acompanhe tudo por aqui. 

- Começa a segunda etapa no painel técnico da Anvisa. A Agência apresenta dados sobre os inibidores de apetite: anfepramona, femproporex e mazindol, além de estudos mencionados na nota técnica e em pareceres enviados pelas diversas entidades.

- Dra. Laís França, da Anvisa, apresenta as reações adversas e contraindicações dos inibidores de apetite. Segundo ela, cabe à Anvisa a missão de proteger a saúde da população, rever os medicamentos registrados e adotar as medidas.

- Dr. Henrique Suplicy, da Sbem, se contrapõe à nota técnica da Anvisa com dados de um estudo que mostrou a perda significativa de peso em pacientes que utilizaram os medicamentos. Nenhum paciente deixou o estudo por efeito colateral.

- Dr. Wanderley Bernardo, da Associação Médica Brasileira, apresenta a palestra "Medicina baseada em evidências". Para ele, é fundamental a opinião do médico que trata o paciente no dia a dia, afinal quem cuida dos pacientes é que pode dar as respostas.

- Para Alvaro Nagib Atallah, do Centro Cochrane, os dados sobre a segurança dos inibidores são pobres. A segurança é desconhecida no sentido de saber se os medicamentos trazem mais benefícios ou malefícios.

- Para dra. Cintia Cercato, da Sbem, não dá para imaginar o tratamento da obesidade sem os medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central em decorrência da fisiopatologia da obesidade.

- Para Sbem, o médico tem formação para identificar um evento adverso a uma droga e encaminhar o paciente para tratamento. Não há evidências que essas drogas podem induzir à hipertensão pulmonar.

- Para a Sbem é importante que a Anvisa faça farmacovigilância dessas drogas e que não sejam utilizadas novas normas para medicamentos antigos

- Dr. Flavio Danni Fuchs, chefe de cardiologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, diz que não existem evidências de benefícios na utilização dos anorexígenos anfetamínicos no controle da obesidade, nos riscos de hipertensão arterial, AVC e outros.

‎- "Ninguém está demonstrando evidências de peso sobre a segurança e eficácia desses medicamentos", diz dr. Francisco Paumgartten, da Fundação Oswaldo Cruz

- Agora começam as manifestações das instituições/ entidades convidadas para o debate.

- Como médico sanitarista José Ruben Bonfim, da Sobravime, está perplexo com algumas intervenções que ouviu hoje durante o painel.

‎- "Em 1976 quando foi publicada a lei de registro de medicamentos foi um avanço, mas já estávamos atrasados. Esses anfetamínicos entraram no mercado brasileiro quando o registro era cartorial", diz José Ruben Bonfim, da Sobravime

- "O número de RAMS que consta na nota técnica da Anvisa é baixo considerado o tempo de utilização dos produtos no país", diz Paulo Giorelli, da Abran.

- ‎"Até hoje o FDA mantém a dietilpropiona", diz Walmir Coutinho, da Abeso

- ‎"Ainda não temos o anorexígeno ideal. É preciso ter drogas para utilizar de maneira segura. Estamos dando um passo com essa discussão", destaca representante da Sociedade Brasileira de Cardiologia

- Para dra. Maria Eugênia Cury, da Anvisa, é importante os dados de RAMS sobre os medicamentos. É interessante conhecer o que é fazer farmacovigilância e também reforçar o compromisso de quem prescreve.

- "Nós estamos falando de segurança. O grau de risco é superado pelos benefícios?", diz Maria Eugência Cury, da Anvisa.

- Para encerrar as manifestações, dr. Valter Makoto do CFM diz que todos os medicamentos têm prós e contras. As regras caem por necessidade de atendimento ao paciente.

- "Existem três errados: o que prescreve errado, o que dispensa errado e o que procura errado", destaca dr. Valter Makoto do Conselho Federal de Medicina.

‎- "A Anvisa deve ponderar antes de tomar a decisão de retirar os medicamentos do mercado, o que pode inclusive aumentar os gastos públicos", diz CFM.

- O painel técnico da Anvisa sobre anorexígenos chega ao fim em Brasília. Segundo a Agência, todas as opiniões e apresentações dos debatedores e convidados serão ponderadas e culminarão em uma decisão final.

- O CRF-SP agradece aos que acompanharam o debate por esse canal e espera tê-los como parceiros nas próximas discussões.

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