ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se não houver um controle rigoroso da utilização de antibióticos, em pouco tempo, a humanidade ficará sem defesa contra as bactérias que causam infecções.

Descobertos na primeira metade do século XX, os antibióticos são medicamentos que combatem os microorganismos que, anteriormente, causavam enorme mortalidade, como lepra, tuberculose e outras infecções. Esses produtos têm contribuído para reduzir a mortalidade infantil e adulta, elevar a qualidade de vida e a longevidade da população mundial.

O problema, é que, desde que esses medicamentos foram descobertos, as bactérias vêm criando defesas, se modificando por um processo conhecido como “seleção natural”, e tornando esses produtos cada vez mais ineficazes. A ciência e os laboratórios farmacêuticos não conseguem pesquisar e descobrir novos produtos na mesma velocidade com que eles têm se tornado ineficazes, pois as bactérias têm criado resistências cada vez mais amplas e difíceis de combater. Bactérias antes consideradas inofensivas, agora causam doenças incuráveis. O fator que mais contribui para o agravamento desse problema é o USO ABUSIVO E INADEQUADO dos antibióticos, por indicação inadequada, e principalmente, pela venda sem controle.

Infelizmente, a população brasileira tem o péssimo hábito de ir à farmácia e adquirir antibióticos sem receita. Infelizmente, também, as farmácias brasileiras vendem esse tipo de produto, sem exigir a apresentação da prescrição. Se para profissionais de saúde treinados, como, médicos e dentistas, já é difícil determinar a natureza das infecções e selecionar corretamente um antibiótico, para a população leiga e para os balconistas das farmácias, é um ato extremamente perigoso e irresponsável, pois põe não só a saúde de quem vai consumir o medicamento em risco, mas de toda a população.

Devido a essa situação crítica, a Anvisa está propondo, através da CP 58/10, um controle mais rigoroso para esses produtos.

O farmacêutico está nas farmácias justamente para impedir que essa venda indiscriminada aconteça. Ele é o profissional responsável por regular a relação de consumo nesses estabelecimentos, tendo como obrigação profissional e ética, zelar pela preservação da saúde. Entretanto, pressões comerciais e a irresponsabilidade justificada pelas “regras de mercado” têm sido fatores que dificultam muito o trabalho desse profissional.

 

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