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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 05/08/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Anvisa suspende medicamentos para emagrecer e para estômago

05/08/2016 - Folha de S.Paulo


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a fabricação, distribuição, venda e uso de três medicamentos do laboratório Aché, alguns dos mais vendidos pela empresa no país.

A suspensão atinge o medicamento Gastrium (omeprazol), de 10 mg e 20 mg, indicado para acidez no estômago, além do Biomag (cloridrato de sibutramina monoidratado) e seu genérico, cloridrato de sibutramina, com cápsulas de 10 mge15 mg, utilizados para tratamento da obesidade.

A medida, publicada no “Diário Oficial da União ”desta quinta (4), ocorre após auditoria constatar que o Gastrium estava sendo feito com fórmula diferente da aprovada pela agência.

Já a suspensão dos medicamentos Biomagecloridrato de sibutramina ocorre devido ao uso de princípio ativo de um fabricante diferente do aprovado pela Anvisa, que determina que cada alteração na produção deve ser comunicada previamente. A empresa deve recolher os estoques.

Segundo a Anvisa, como a fórmula foi alterada sem passar por análise da agência reguladora, o órgão não pode garantir que não há riscos à saúde do consumidor.

A suspensão dos medicamentos, assim, ocorre como precaução até que nova análise seja concluída pela agência —ainda não há prazo.


OUTRO LADO


Procurado pela reportagem, o laboratório Aché afirmou que “está tomando todas as medidas necessárias visando a atender às adequações documentais referentes às atuais normas da Anvisa”.

“O Aché afirma e assegura que esses medicamentos, que se encontram atualmente no mercado, são seguros e eficazes cumprindo com os mais altos padrões de qualidade”, informa a empresa, em nota.

A fabricante lembra ainda que a suspensão ocorre apenas para o Gastrium nas apresentações de 10 mg e 20 mg.

O medicamento de 40 mg continua sendo comercializado normalmente,informa.




Vacina contra dengue chega às clínicas de Ribeirão Preto

05/08/2016 - DCI


A primeira vacina contra dengue disponível no Brasil chegou a clínicas particulares de Ribeirão Preto. A imunização foi desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, com capacidade produtiva em grande escala de 100 milhões de doses de vacina por ano e poderá ser aplicada em pacientes de 9 a 45 anos.

A eficácia global é de aproximadamente 66% contra os quatro sorotipos de vírus da doença. São três doses subcutâneas da vacina, chamada Dengvaxia, que deverão ser tomadas com intervalo de seis meses entre elas.


CUSTO DA VACINA


O preço de cada aplicação em clínicas particulares do município varia de R$ 270 a R$ 280.

A dose serve para os quatro sorotipos da doença, mas não tem 100% de eficácia.

Considerada um avanço na área da saúde, a vacina tetravalente contra a dengue já está sendo comercializada. Em março, o Brasil recebeu a 1ª remessa oficial de 500 mil doses da imunização.

Aprovada desde dezembro do ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina produzida pela empresa francesa protege contra os quatro sorotipos existentes da doença e deve ser administrada em três doses com intervalos de seis meses, desde que esteja sendo completado um ano desde a primeira até a última dose.

Além de evitar a transmissão da doença para outras pessoas, a vacina ajudará na redução dos gastos com internações, como a redução de 81% das internações e de 93% dos casos graves. A eficácia comprovada é de aproximadamente 66% contra os quatro sorotipos de vírus da dengue. A vacina foi produzida com um vírus vivo atenuado e possui em sua estrutura o vírus vacinal da febre amarela, que lhe garante estabilidade.

Os testes envolveram 40 mil pessoas em 15 países, em uma pesquisa clínica que resultou em 25 estudos.

No Brasil, cerca de 3,5 mil pessoas de cinco cidades participaram das etapas de testes.

Os governos estaduais e o federal combatem o vírus com campanhas de prevenção nas residências, pedindo que os moradores evitem deixar água parada.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como o vírus da zika e a febre chikungunya.


CASOS DE DENGUE


Em Ribeirão Preto, de janeiro a junho de 2016, mais de 34 mil estavam com a doença, sendo sete mortes registradas.

De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não há uma previsão de compra da vacina para o Sistema Único de Saúde. A pasta irá fazer estudos sobre o custo-benefício da compra e distribuição do produto e sobre qual seria a estratégia de aplicação para ter impacto em termos de saúde pública.




Aumenta o número de remédios que podem ser comprados sem receita.

04/08/2016 - G1 - Bom dia Brasil


A lista de remédios que podem ser comprados sem receita nas farmácias cresceu. Associações médicas alertam para a automedicação, mas a indústria de medicamentos afasta qualquer tipo de risco.

A Sociedade Brasileira de Clínica Médica diz que é preciso ter cuidado porque, às vezes, uma alergia pode ser um sintoma de algo mais grave. E se a pessoa toma um antialérgico, pode retardar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento.

Nós, brasileiros, há muito tempo já fazemos fila na farmácia para comprar remédios, muitas vezes sem receita médica.

“Eu pego colírio sem receita, eu pego remédio de pressão, remédio de diabetes, tudo sem receita”, diz a recepcionista Marta Terezinha Luís.

Esse movimento deve aumentar ainda mais com a decisão da Anvisa, que definiu regras para liberar outros medicamentos da prescrição médica. “É provável que isso aumente porque as pessoas, elas vão buscar muito mais a drogaria”, disse a farmacêutica Marcela Oliveira.

As drogas que poderão ser liberadas devem obedecer a alguns critérios determinados pela Anvisa, entre eles: serem comercializadas há muito tempo; não devem apresentar relatos de efeitos colaterais; não podem ter potencial de dependência. “Se liberou, eu acho que sabem o que estão fazendo”, afirmou o comerciante César Zepelini.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Antonio Carlos Lopes, a resolução da Anvisa induz à automedicação. “Um quadro em que o indivíduo se diagnostica como sendo de alergia, na realidade, pode não ser alergia, e passando o antialérgico, pode atenuar e retardar um diagnóstico até de uma doença mais grave, quando, na realidade, isso deveria passar por um médico para que tivesse o diagnóstico da doença e receber o tratamento adequado, que às vezes não tem nem medicamento, é só observação”, disse.

A Associação da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição acredita que a medida é segura. “Ele tem que ser seguro, ainda que eu faça mau uso dele, as reações adversas são reversíveis. O medicamento isento, ele é feito para você usar por um curto período de tempo, só para alívio dos seus sintomas menores, não desaparecendo os sintomas, tem que procurar um médico”, disse a vice-presidente da Associação, Marli Sileci.

Com a liberação da Anvisa, os laboratórios interessados podem pedir que alguns medicamentos sejam reenquadrados. Mas eles só vão ser liberados depois de uma análise.

A estimativa é de que cerca de 30 substâncias passem a ser vendidas sem prescrição.




Farmacêutico explica a importância de testes em medicamentos similares

04/08/2016 - Portal EBC


Laboratórios farmacêuticos são obrigados a submeter os chamados medicamentos similares a testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Os testes são os mesmos realizados com os genéricos. A determinação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e está em vigor desde 2003.

Em entrevista ao programa Falando Francamente, o farmacêutico Cadri Wadra explica que os remédios similares são cópias perfeitas do medicamento de referência.




Paciente deve ficar atento à tarja nos medicamentos

04/08/2016 - O Estado (CE) Online


Cerca de 15% da população faz uso de algum medicamento, em qualquer dado momento, seja para tratar manifestações agudas, seja para tratamentos de longo termo e mesmo para doenças que exijam uso continuado e indefinido.

O recurso clínico representado pela opção de tratamento terapêutico avançou exponencialmente a partir da metade do século passado. Hoje são milhares de substâncias ativas – chamados: Princípios Ativos – disponíveis para o tratamento de quase a totalidade das condições clínicas conhecidas, desde uma simples micose às distintas manifestações do câncer.

O consumo de medicamentos tem uma distribuição desigual segundo as faixas etárias. Crianças (até 4 anos) e idosos (acima de 60 anos) compreendem o contingente de maior consumo per capita e estas faixas etárias são as mais vulneráveis aos riscos impostos por medicamentos, mesmo quando tomados de maneira correta e sob orientação profissional.

Estima-se que cerca de 30% das consultas médicas terminem com uma prescrição medicamentosa. A par dos registros de sucesso terapêutico, o uso de substâncias ativas, testadas e aprovadas, tem e envolve riscos e de tal forma que já se encontra em desenvolvimento metodologias que permitirão, em futuro próximo, a formulação personalizada das terapias medicamentosas.

Em consequência destas circunstâncias, a dispensação de medicamentos segue, no Brasil à semelhança de outros países, rígidas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem por objetivo proteger e orientar o consumidor sobre esses produtos. O inadequado uso de remédios pode trazer grandes riscos para a saúde das pessoas.

Desde a década de 90, está regulamentada a exigência de classificação de medicamentos segundo seu grau de risco, por meio a introdução da tarja na embalagem do produto segundo seu grupo de ação e risco.


TARJA VERMELHA SEM RETENÇÃO DA RECEITA


Identifica os medicamentos vendidos mediante a apresentação da receita, que não fica retida na farmácia. Esses medicamentos têm contraindicações e podem provocar efeitos colaterais graves. Na tarja vermelha está impressa a mensagem “venda sob prescrição médica”.


TARJA VERMELHA COM RETENÇÃO DA RECEITA


Identifica os medicamentos que necessitam de retenção da receita, conhecidos como medicamentos psicotrópicos. Por isso, na tarja vermelha está impresso “venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção de receita”. Só podem ser vendidos com receituário especial de cor branca.


TARJA PRETA


Identifica os medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o sistema nervoso central e que, portanto, também fazem parte dos chamados psicotrópicos. Por isso, a tarja preta vem com a inscrição “venda sob prescrição médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência”. Tais medicamentos apenas podem ser vendidos com receituário especial de cor azul.


TARJA AMARELA


Identifica os medicamentos genéricos e deve conter a inscrição “Medicamento Genérico”, na cor azul.


NÃO TARJADOS


Os não tarjados ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentam poucos efeitos colaterais ou contraindicações, desde que usados corretamente e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica. Os MIPs são utilizados para o tratamento de sintomas ou males menores (resfriados, azia, má digestão, dor de dente, entre outros.).

Dr. Pedro Oliveira, diretor médico da ePharma, empresa líder no mercado de assistência de benefícios farmacêuticos, diz que a adoção da tarja é um importante indicativo para o consumidor, serve de alerta para o uso indiscriminado dos remédios e busca restringir a automedicação, prática ainda presente em nossa cultura. “Todo medicamento, mesmo aqueles sem tarja, deve seguir orientação médica”, alerta o diretor da ePharma.

Quando seu médico, ou dentista, lhe entregar uma prescrição, busque obter o maior número de informações sobre o modo de usar, as contraindicações e as possíveis interações que possam provocar algum efeito adverso.

Não confie na interpretação leiga a partir da leitura da bula porque ela contém terminologia técnica e linguagem especializada ainda que destinada ao público leigo.

Neste sentido, a orientação farmacêutica é tão importante quanto a prescrição médica. Este profissional pode ainda, por exemplo, se responsabilizar pela intercambialidade – a substituição de um medicamento de marca por seu análogo genérico.




Paciente do SUS é proibido de receber remédio por apresentar receita de convênio

04/08/2016 - O Estado de S.Paulo / Site


Andressa Pina retira mensalmente em uma farmácia do SUS um medicamento para seu pai, que é idoso e tem bronquite asmática. Contudo, ela foi alertada que não poderá mais receber esse remédio pois o paciente é oriundo de um plano de saúde e precisará de uma receita do SUS para ter o tratamento.

O Ministério da Saúde esclareceu, por meio de nota, que o medicamento deve ser oferecido a todos os pacientes que necessitarem, sejam de convênios ou do sistema público. A Secretaria Municipal de Saúde, entretanto, alega que a portaria municipal 2190/2015 alterou as regras para a distribuição de diversos remédios em São Paulo e, portanto, a leitora não poderá mais recebê-lo sem passar por consulta por meio do SUS.

Reclamação da leitora: “Meu pai sofre de bronquite asmática e faz uso de uma bombinha chamada Alenia. Ele é idoso, aposentado e além dessa doença tem várias outras (doença cardíaca, neurológica, estomacal, hipertensão) e toma diversos medicamentos. Não temos condição de comprar esse medicamento porque é caríssimo e já temos gastos com outros remédios, além do convênio médico. Há alguns meses, estávamos retirando esse remédio na farmácia do SUS, porém ontem fui na farmácia para buscar o medicamento e a funcionária disse que aquela seria a última vez que eu conseguiria o remédio porque eles não fariam mais a liberação para quem apresentasse receita de convênio. Meu pai não pode esperar por uma consulta no SUS para conseguir esse remédio gratuitamente e não pode ficar sem essa medicação, fizemos convênio pra ele porque a saúde dele é muito debilitada e as consultas com especialistas são frequentes, a condição física frágil dele depende desse atendimento rápido, atendimento esse que no SUS não ocorre. Acho um absurdo eles quererem impedir que a gente consiga retirar o medicamento pelo simples fato do meu pai ter convênio médico.”

Resposta do Ministério da Saúde: “O Ministério da Saúde esclarece que o medicamento Alenia (fumarato de formoterol di-hidratado budesonida) é ofertado no Sistema Único de Saúde por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Vale ressaltar que o acesso a esse medicamento é garantido a todos os pacientes elegíveis ao tratamento, de acordo com critérios definidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Asma ou da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. A pasta informa ainda que poderão ser aceitas documentações oriundas de serviços privados de saúde no âmbito do SUS, desde que respeitadas as regulamentações dos Componentes da Assistência Farmacêutica definidas pelo SUS e as pactuações realizadas nas Comissões Intergestores Tripartite (CIT) e Bipartite (CIB). Dessa forma, o Ministério da Saúde não restringe o acesso aos medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica – CEAF aos pacientes oriundos de serviços privados de saúde.”

Resposta da Prefeitura: “A Secretaria Municipal da Saúde informa que a paciente retirou os medicamentos no mês passado e foi orientada quanto à portaria municipal 2190/2015. O texto foi editado para garantir o uso racional dos medicamentos e a segurança dos pacientes, em consonâncias com as melhores práticas internacionais de dispensação de remédios e com os critérios adotados pela Comissão Farmacoterapêutica do Ministério da Saúde. Os fármacos listados na Portaria necessitam de acompanhamento, cuidado integral e emprego racional em sua prescrição, já que são indicados para condições clínicas específicas.”

Mercado Aberto: Cortes de bisturi

05/08/2016 - Folha de S.Paulo


Os hospitais privados cortaram 21,7% de seus postos de trabalho no primeiro semestre deste ano. As demissões são uma das medidas para manter a receita do setor, que cresceu 1,5% no período, já descontada a inflação.

O faturamento do semestre fechou em R$ 12,6 bilhões, apontam dados da Anahp, que representa as empresas.

O baixo crescimento se deve à redução dos beneficiários de planos de saúde, somada ao aumento de custos do setor, afirma o presidente da entidade, Francisco Balestrin.

A receita ainda se mantém porque os hospitais enxugaram gastos -o que implica cortes de pessoal. Em 2015, a despesa com funcionários (contratados e terceiros) representou 54% do gasto total das companhias.

Além disso, as empresas têm freado seus investimentos, segundo Balestrin. "Os aportes previstos para 2016 foram postergados."

A associação projeta que o faturamento dos hospitais tenha uma alta real de 4,2% no acumulado deste ano.




Planos de saúde e a cobrança de ISS

05/08/2016 - DCI


Muito se discute sobre os tributos que devem incidir sobre as operadoras de planos de saúde no mercado brasileiro. Pois bem, penso que no caso envolvendo as companhias que não possuem rede própria de atendimento, não cabe a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Isso porque tais empresas não são prestadoras de serviço, mas apenas intermediárias entre o prestador de serviço médico e os tomadores desse serviço.

A cobrança de Imposto sobre Serviço (ISS), nestes casos, é indevida, uma vez que a atividade do plano de saúde não configura obrigação de fazer, mas sim de dar. Os serviços de assistência são prestados por médicos, clínicas ou hospitais credenciados e, por isso, não há relação jurídico-tributária entre os fiscos municipais e as operadoras.

A própria lei do município de São Paulo, que previa a incidência de tal imposto nos planos de saúde, foi julgada inconstitucional. Pelo precedente gerado pela Corte Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em junho de 2011, ficou entendido que as operadoras de planos de saúde não prestam serviços, mas apenas asseguram a sua prestação.

Além da discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), afetada por repercussão geral no Recurso Especial 651.703, o debate também foi avaliado pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Recurso Especial 1.137.234. Na Corte Superior, o entendimento foi de que há a incidência do imposto municipal sobre a atividade, mas sua base de cálculo é o valor líquido recebido, ou seja, o valor bruto pago pelo associado deduzidos os pagamentos efetuados aos profissionais credenciados, pois, em relação aos serviços prestados por esses profissionais, há a incidência do tributo, de modo que a nova incidência sobre o valor destinado a remunerar tais serviços caracteriza-se como dupla incidência do ISS sobre o preço pago por um mesmo serviço. Assim, o valor repassado aos profissionais credenciados deve ser excluído da base de cálculo do tributo devido pela empresa gestora.

Diante de todo o exposto, resta apenas aguardar qual será a decisão do Supremo para saber se haverá a supressão definitiva desta tributação ou se deve ainda prevalecer o entendimento do STJ, que prevê a redução de base de cálculo.




Vacinas contra o zika funcionam em macacos

05/08/2016 - Correio Braziliense


A vacina para o zika — principal estratégia buscada pelos cientistas para combater a doença — está mais próxima de ser tornar realidade. Pesquisadores dos Estados Unidos, em parceria com brasileiros, conseguiram imunizar macacos com três fórmulas de proteção criadas a partir do próprio vírus. Todas as estratégias desenvolvidas pelos investigadores desencadearam a formação de anticorpos nos primatas, moléculas que os protegeram de duas cepas do micro-organismo. Os resultados positivos, detalhados na edição desta semana da revista Science, deixaram os autores entusiasmados com a próxima etapa do trabalho: o teste com humanos, com início previsto para este ano.

O grupo de cientistas havia testado duas das vacinas em camundongos e obteve sucesso. Esses resultados foram apresentados na revista Nature, em junho deste ano. A pesquisa atual é mais uma etapa do projeto, que, desta vez, contou com uma terceira opção protetiva. “Usamos a fórmula com adenovírus, que é uma parte do vírus, e a com todo o zika silenciado. Essas duas foram utilizadas com sucesso em camundongos. Adicionamos uma terceira, feita com base em um vírus que acomete macacos, mas que foi modificado com o material do zika humano”, explicou, ao Correio, Jean Pierre Peron, um dos autores do estudo e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

As três fórmulas foram aplicadas em um grupo de 18 macacos rhesus. Após duas semanas, ao serem expostas a duas cepas do vírus — uma de Porto Rico e outra do Brasil —, as cobaias não se contaminaram. Para terem certeza dos resultados, os pesquisadores realizaram a técnica da transferência adotiva, na qual retiraram os anticorpos dos animais imunizados para serem usados em outros macacos e camundongos. Os dois novos grupos também ficaram protegidos ao serem expostos às cepas do zika. “Vimos por meio de testes como análise da secreção cérvico-vaginal, da urina, do sangue e do líquido cefalorraquidiano (substância presente no cérebro) que não havia indícios da infecção. Essas foram as provas que mostraram a completa proteção das cobaias”, destacou o autor.

Peron explica que a segunda análise também auxiliou na comprovação de que os anticorpos produzidos pelas vacinas foram os responsáveis pela imunização dos animais. “Quando você desenvolve uma fórmula, precisa ter certeza do que causou a proteção. Acreditamos que os anticorpos agem no envelope do vírus zika, a parte externa, impedindo que ele se propague no organismo”, detalhou o autor. “Os níveis de proteção que achamos também são semelhantes aos de anticorpos produzidos por vacinas que evitam a infecção de outros vírus dessa família e foram bem-sucedidas”, completou Dan Barouch, um dos participantes do trabalho e professor do Departamento de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.


EPIDEMIA


Para Ligia Perroti, infectologista do Laboratório Exame, em Brasília, o estudo traz dados animadores e se destaca pelo tipo de cepa utilizado. “Os resultados são bastante positivos pela eficácia mostrada e também porque usaram como base as estirpes de origem asiáticas, que são muito semelhantes aos vírus que circulam nas Américas e mais têm atingido a população. Uma vacina com esse potencial de proteção contribuiria bastante para o combate de uma possível epidemia”, destacou.

A equipe prepara-se, agora, para testes com humanos a fim de analisar possíveis efeitos colaterais do uso das fórmulas. “Queremos monitorar as reações adversas, como os casos de alergia, para saber como administrar”, detalhou Peron. “A proteção consistente e potente contra o vírus zika em roedores e primatas alimentam nosso otimismo em relação ao desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz para os humanos (…) Os ensaios clínicos devem, por conseguinte, proceder o mais depressa possível”, adiantou Barouch.

Ligia Perroti detalha requisitos essenciais que deverão ser considerados na próxima etapa do experimento. “Temos que saber como a aplicação vai ser feita, a dosagem necessária, por exemplo. Esse é um dos passos mais importantes. Os testes levam algum tempo para serem realizados, já que o começo deve ser feito com pequenos grupos e, depois, a amostra aumenta. Mas tudo isso é necessário para que a eficácia possa ser testada com segurança”, opinou a especialista.

"A proteção consistente e potente contra o vírus zika em roedores e primatas alimentam nosso otimismo em relação ao desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz para os humanos"

Dan Barouch, participante da pesquisa e professor do Departamento de Medicina da Universidade de Harvard.


OUTRAS INICIATIVAS


Na quarta-feira, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infectuosas (Niaid), nos EUA, informou que a vacina que está desenvolvendo irá para o segundo teste clínico com humanos. A fórmula será aplicada em um grupo de 80 voluntários com idade entre 18 e 35 anos. Eles receberão as doses em três centros de pesquisa norte-americanos. “Os resultados dos testes com animais foram muito animadores. Estamos contentes de ter agora condições para desenvolver esse estudo inicial com pessoas”, declarou, em um comunicado, Anthony S. Fauci, diretor do Niaid. Outra vacina começou a ser testada no mês passado em Quebec, no Canadá, em Miami e na Filadélfia, nos Estados Unidos. A fórmula foi desenvolvida pelo laboratório americano Inovio Pharmaceuticals e a empresa biotecnológica sul-coreana GenOne Life Sciences.




Preço da vacina contra dengue é motivo de reclamação

04/08/2016 - G1 - Bom dia Brasil


A primeira vacina contra a dengue vendida no Brasil está gerando muitas dúvidas. Os consumidores estão reclamando dos preços cobrados pelas clínicas. Nas clínicas de todo o país, a reclamação é a mesma.

“O preço tá meio salgado, achei um pouco caro”, queixou-se uma consumidora.

Muita gente foi pega de surpresa com o preço cobrado pela vacina contra a dengue. “Quem é o pobre que tem trabalho que vai pagar R$ 280 numa vacina da dengue, uma dose só?”, pondera a aposentada Angela Aparecida da Silva.

Mas esse é o valor cobrado em uma clínica de Campinas (SP). Em Salvador o repórter Mauro Anchieta ligou para cinco grandes clínicas. Só uma tem a vacina. E o preço é de espantar qualquer um.

Atendente: Essa vacina está no valor de R$ 400.

Bom Dia Brasil: R$ 400?

Atendente – Isso.

A Anvisa determinou que a dose da vacina deve ficar entre R$ 132 e R$ 138. Só que esse não é o preço final para o consumidor.

A própria Agência esclarece que as clínicas podem cobrar pela aplicação e armazenamento das doses. E orienta que os preços da vacina e do serviço estejam discriminados na nota fiscal.

A Anvisa diz que só pode regular o preço do produto, ou seja, da vacina. Quem fiscaliza se o valor do serviço é abusivo é o Procon. Em Goiânia os fiscais já visitaram todas as clínicas e deram dez dias para os empresários explicarem os preços que estão cobrando.

“Diante dessa situação, o Procon-Goiás está solicitando as notas fiscais de compra do produto da distribuidora, notas fiscais de prestação do serviço ao consumidor final, bem como planilhas de custos", explicou Marcos Rosa, do Procon.

Os donos das clínicas argumentam que o preço sugerido pela Anvisa é impraticável. “Na verdade, nós compramos do distribuidor, nem é do fabricante, então, entre o fabricante e o distribuidor existe um preço e depois um sobrepreço desse distribuidor para as clínicas, associado a custos operacionais, custos relacionados a impostos”, disse Boaventura Braz de Queiroz, dono de clínica.

Por conta dessa confusão, a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas recomendou que todos os associados suspendam a venda e a aplicação das doses contra a dengue.

Para se prevenir contra a dengue, é preciso tomar três doses da vacina. Na clínica e Salvador citada na reportagem, por exemplo, a pessoa teria que gastar R$ 1,2 mil.

A Anvisa diz que o consumidor deve denunciar ao Procon quando identificar cobrança abusiva.




O que é a medicina bioeletrônica, a nova aposta do Google?

04/08/2016 - UOL


De olho no potencial da medicina bioeletrônica, a americana Alphabet, controladora da Google, e a farmacêutica britânica GlaxoSmithKline se unem. Ambas investirão mais de US$ 700 milhões na área.

A empresa farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) trabalha com medicina bioeletrônica desde 2012, investindo cerca de US$ 50 milhões na área. Em 2013, ela anunciou a criação de um prêmio de U$ 1 milhão para incentivar a pesquisa nesse ramo da medicina. Agora a GSK acaba de formar com a Verily Life Sciences --subsidiária da Alphabet-- uma joint venture que custará US$ 715 milhões ao longo de sete anos. A nova empresa se chama Galvani Bioelectronics.


O QUE EXATAMENTE É A MEDICINA BIOELETRÔNICA?


A medicina bioeletrônica utiliza dispositivos implantáveis miniaturizados para alterar e controlar sinais elétricos no corpo humano. Estes podem ser sinais elétricos que fluem para os pulmões para determinar a tensão das vias respiratórias, por exemplo. Ao controlar esses sinais, pesquisadores esperam poder ajudar as pessoas com asma.

Os pequenos dispositivos, que se agrupam em torno de nervos para controlar os sinais elétricos, também podem ser usados para combater doenças como diabetes e artrite.

Kris Famm, vice-presidente da GSK's Bioelectronics R&D e presidente da Galvani Bioelectronics, disse à DW que a empresa iria focar em doenças "periféricas", pois elas, segundo ele, representam uma "ampla oportunidade".


E DOENÇAS NEUROLÓGICAS, COMO ALZHEIMER E PARKINSON?


"Tenho certeza de que outros players neste campo procurarão tratar distúrbios neuropsiquiátricos e modular o sistema nervoso central", diz Famm. "Isso é associado ao grande desafio de ter que distribuir os circuitos no cérebro e saber exatamente onde agir. É algo infinitamente mais complexo do que ser capaz de modular os sinais seletivamente nas proximidades de um órgão."


A BIOELETRÔNICA É UMA MEDICINA PERSONALIZADA? ELA SE COMPARA À EDIÇÃO DO GENOMA HUMANO?


Edição de genoma humano é outro novo processo na vanguarda do que é descrito como medicina personalizada - a capacidade de oferecer aos pacientes tratamentos específicos sob medida. Com técnicas de edição de genoma humano, como CRISPR-Cas 9, os médicos podem ser capazes de alterar o DNA em crianças que ainda não nasceram, para impedir que elas desenvolvam doenças hereditárias. Isso não é do que estamos falando aqui. Mas existem algumas semelhanças.

"A medicina bioeletrônica tem o potencial inerente de ser específica, pois ela pode gravar sinais neurais e reagir a eles em tempo real e ajustar a terapia ao paciente", diz Famm. "Mas também é absolutamente reversível, algo que você pode desligar, e isso é diferente da edição de genoma. Se você tem um medicamento bioeletrônico sobre um nervo, ele pode ser desligado a qualquer momento pelo médico ou pelo paciente."


ONDE A GOOGLE SE ENCAIXA NO CAMPO DA SAÚDE?


A empresa de internet e tecnologia Google tem estado há algum tempo interessada na área da saúde. Com o Google Flu Trends, ela afirma que pode usar as enormes quantidades de dados recolhidos a partir de nossas pesquisas na internet para prever surtos de gripe. Mas podemos prever surtos de gripe apenas usando o transporte público, e, de qualquer maneira, as metas da Google são bem mais ousadas.

Com o Google Genomics, a empresa pretende armazenar e colher milhões de genomas para dar continuidade à pesquisa em saúde. Ele monitora o condicionamento físico geral com aplicativos de saúde. No mês passado, a Google DeepMind, uma empresa de inteligência artificial, anunciou seu primeiro projeto de pesquisa médica em conjunto com o sistema de saúde público do Reino Unido. E logo as lentes de contato da Verily Life Science com sensores incorporados permitirão monitorar os níveis de glicose em pessoas com diabetes.


QUEM SE BENEFICIA MAIS COM A PARCERIA?


É difícil dizer neste momento. Mas é claro que a GSK irá se beneficiar do histórico da Google em lidar com grandes volumes de dados. E a Verily, da Google, vai se beneficiar da aprovação conquistada pela GSK, que é uma farmacêutica tradicional.

Financeiramente, o negócio é mais uma indicação de confiança nos resultados até agora. Os US$ 715 milhões ao longo de sete anos representam custos significativamente menores do que os associados ao desenvolvimento de medicamentos tradicionais.


QUAL É O GRANDE DESAFIO PARA A MEDICINA BIOELETRÔNICA AGORA?


O grande desafio é conseguir que os dispositivos sejam pequenos o suficiente e funcionem com o mínimo de energia possível.

"É aí que uma empresa de tecnologia se encaixa neste negócio", diz Famm. "Como podemos transferir a energia sem fio para dentro do corpo, como podemos projetar dispositivos eficientes em termos energéticos e as interfaces neurais, de modo que emitam exatamente os padrões corretos de estimulação? Tudo isso aponta para uma parceria com uma empresa de tecnologia com grande força nessas áreas, e é isso o que a Verily é."


HÁ RAZÃO PARA MEDO? E COMO FICA O PROBLEMA DE HACKEAMENTO?


Existe, se você é paranoico. E eu sou muito paranoico. Medicamentos bioeletrônicos podem ser chamados de medicamentos, mas eles são, na verdade, dispositivos eletrônicos que podem enviar e receber dados ou ser conectados em rede.

"Isso é algo que temos de levar a sério. Você pode ter visto a preocupação sobre hackeamento de marcapassos e desfibriladores implantáveis, e onde temos eletrônicos no campo da saúde, temos de lidar com essas preocupações", frisa Famm. "Porém, não levantemos preocupações exageradas. Estamos falando de tratamento de doenças crônicas, e se tivermos os resultados que acreditamos que podemos ter, temos a obrigação de torná-los acessíveis aos pacientes."

"A segunda coisa importante de se ter em mente é que um nervo periférico não é uma entrada USB para o nosso sistema nervoso inteiro. Ninguém pode se ligar a nervo que vai até o meu pâncreas e, assim, controlar meus pensamentos."

A Galvani espera submeter seus primeiros medicamentos à aprovação das autoridades em 2023.

Itália e Argentina assinam acordo de 42 milhões de euros para a saúde

04/08/2016 - Valor Econômico / Site


Os governos de Itália e Argentina assinaram um memorando de entendimento que prevê a reativação de um crédito de ajuda de 42 milhões de euros para o setor de Saúde argentino. O acordo foi assinado nesta quinta-feira em Buneos Aires, durante uma cerimônia no Ministério da Saúde, pela embaixadora italiana Teresa Castaldo e o ministro Jorge Lemus. Também participou do ato oficial a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Maureen Birmingham.

O projeto visa principalmente ao fortalecimento do serviço público de saúde da Argentina e aos setores mais necessitados da sociedade, explicou em comunicado a embaixada italiana em Buenos Aires.

"Houve uma grande perseverança neste acordo. Esta colaboração acontece em um momento importante para a Argentina, em que estamos fazendo muitas mudanças", disse Lemus.

Teresa Castaldo, por sua vez, destacou que o programa deve chegar às províncias mais necessitadas, com equipamentos que podem salvar vidas. "Realmente nos sentimos irmãos da Argentina. Existe uma grande influência italiana no país e laços em diversos setores", concluiu a embaixadora.

Após quase vinte anos sem um premier italiano visitar a Argentina, Matteo Renzi foi recebido em Buenos Aires pelo presidente Mauricio Macri em fevereiro, na tentativa de reaproximação entre as duas nações. Argentina e Itália têm uma forte ligação, principalmente por conta da grande comunidade de italianos no país. A relação bilateral, no entanto, sofreu com os anos de kirchnerismo, quando a nação sul-americana se afastou de União Europeia (UE) e Estados Unidos, algo que Macri tenta reverter.




Exercício por 1h anula dano de sentar por 8h

05/08/2016 - Folha de S.Paulo


Cientistas fizeram algumas contas e chegaram à conclusão que ficar sentado demais faz mal—a chance de alguém que não se mexe muito morrer é até 27% maior se ele ficar sentado oito horas por dia ou mais.

A boa notícia é que, com uma hora diária de atividade física moderada, é possível reverter esse prognóstico ruim. Quem se mexe bastante mas fica sentado durante as mesmas oito horas tem um risco 4% maior de morrer — considerando a “margem de erro” da estatística, é como se não houvesse prejuízo.

Esses resultados não querem dizer que ficar sentado faz mal per se, mas que a inatividade física associada a ela traz, sim, prejuízos importantes, especialmente para a saúde do sistema cardiovascular, cujas complicações são a principal causa de morte em países desenvolvidos.

Algo semelhante, porém, ainda mais assustador, é o que acontece quando se vê muita televisão. O risco de morte chega a aumentar 44% em quem assiste TV mais de 5 horas por dia.

“O problema de assistir TV é que o comportamento está ligado a outros, como ficar sentado, não se mexer e ter uma dieta inadequada”, explica o educador físico e professor da Universidade Federal de Pelotas Pedro Hallal.

Mesmo em pessoas que praticam uma hora por dia de atividade física moderada, o prejuízo da TV ainda continua presente, embora com menos impacto —15% de aumento da mortalidade.

O estudo que formalizou esses escores foi feito com base em 16 pesquisas anteriores, que, no total, possuem mais de 1 milhão de participantes.

A pesquisa foi publicada pela revista científica “The Lancet” em uma série de artigos relacionados à atividade física.

Segundo Hallal, coordenador desse projeto da revista britânica, a publicação próxima à Olimpíada consegue atrair atenção para a pandemia de inatividade física pela qual passa o mundo.

Em um dos artigos da série de 2012, calculou-se que mais de 5 milhões de pessoas morrem, anualmente, por falta de exercício físico. “Isso é comparável às mortes devido ao tabaco anualmente e é muito mais do que as mortes por Aids [1,2 milhão em 2014], por exemplo”, diz o professor.

Outro achado aferiu a fração de adultos e adolescentes que são inativos fisicamente: 23% e 80%, respectivamente.

O alarmante índice de inatividade entre os adolescentes é devido a diferença do critério para os dois grupos.

Enquanto os adultos ativos praticam 150 minutos de atividades moderadas por semana (o que equivale a 30 min por dia, de segunda a sexta), o sarrafo para adolescentes é mais acima—300 minutos por semana, ou 1h por dia útil. “Hoje em dia há muita tela e pouco movimento, comenta Hallal.


AS CONSEQUÊNCIAS NA SAÚDE TAMBÉM SÃO MENSURÁVEIS


Um em cada dez casos de câncer de colo e de mama poderia ser evitado se todos praticassem exercícios. O mesmo raciocínio vale para doenças coronarianas, diabetes e até demência.

A pergunta de um milhão de dólares é: como convencer as pessoas a desligar a TV, sair de casa e praticar exercícios? Ninguém ainda achou a resposta, mas Hallal diz que a oferta de atividades e a comunicação devem ser melhoradas.

“Não dá para vender a atividade física como remédio, tem que ser algo prazeroso e acessível. As pessoas não têm que pensar que precisam fazer uma hora de musculação ou algo que considerem chato. Se elas forem de bicicleta para o trabalho, já é o suficiente.” Em um dos artigos da série de 2016, foi quantificado o prejuízo financeiro trazido pela falta de exercícios: US$ 53,8 bilhões (R$172 milhões).

Desse total, 58% foi arcado pelo setor público.

O investimento do Brasil para realizar uma Olimpíada está calculado em US$ 11,6 bilhões.

Infelizmente, no que diz respeito à prática de atividade física, não há evidências científicas claras de que haja um legado olímpico positivo ou negativo.

“É uma oportunidade perdida”, avalia Hallal. “Todo o mundo está vendo corpos em movimento, a área da educação física está em evidência.

Não dá para aceitar que tem gente morrendo porque não faz nem um pouquinho de exercício.”




São Paulo confirma 1.182 infecções por H1N1 e 137 mortes

05/08/2016 - Folha de S.Paulo / Site


A cidade de São Paulo registrou 1.182 casos confirmados e 137 mortes pelo vírus H1N1, de janeiro até 23 de julho, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, da gestão Fernando Haddad (PT).

No mesmo período do ano passado, foram apenas três casos da doença e nenhuma morte. Em todo 2015, foram registrados 12 casos confirmados e nenhuma morte.

Segundo a secretaria, o ritmo de registro de novos casos confirmados está diminuindo desde abril, quando foi verificado o pico da doença na capital neste ano. Entre 13 de março e 16 de abril foram registrados 912 casos (77% do total) e 100 mortes (73% do total).

A prefeitura afirma que a atividade do vírus H1N1 pode ser variável e imprevisível. Mas que nos últimos anos tem sido observada a transmissão do vírus cada vez mais cedo, com pico em maio, antes mesmo da chegada do inverno.

Com a antecipação da circulação do vírus na capital, a campanha de vacinação para grupos de risco também foi realizada quatro semanas mais cedo do que o previsto. Segundo a secretaria, a imunização foi efetiva para prevenir mortes, uma vez que menos de 10% delas ocorreram após o período em que a vacina começa a fazer efeito.

Segundo o infectologista Ralcyon Teixeira, supervisor do pronto-socorro do Hospital Emílio Ribas, o grande número de casos de H1N1 neste ano na capital pode ser explicado por dois motivos. O primeiro deles é a capacidade do próprio vírus de se propagar rapidamente, sendo transmitido de pessoa para pessoa.

O segundo é sobre o tráfego de passageiros entre o Brasil e países do hemisférios norte, como Estados Unidos, onde foi registrado um atraso na chegada do H1N1. "Se observarmos o período em que começou o surto nos Estados Unidos e Europa, por exemplo, é o mesmo em que foi registrado aqui no Brasil, em meados de fevereiro deste ano", afirmou Teixeira.


TEMPO SECO


Teixeira explica que, com o frio intenso e tempo seco. as pessoas ficam mais propensas a ter doenças virais, como a H1N1. Segundo o médico, com o tempo mais seco as mucosas das vias aéreas (boca, nariz e garganta) também ficam ressecadas, o que reduz a imunidade na região. "A resposta do organismo no inverno é, geralmente, mais lenta", diz.

Outro fator que facilita a contaminação é que, no frio, as pessoas ficam em ambientes fechados, com pouca circulação de ar –com isso, é mais fácil, para os vírus, entrar no organismo.

Gestantes, crianças, idosos e pacientes com doenças crônicas que ainda não tomaram a vacina contra a H1N1 ainda podem ser imunizados nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que funcionam integradas a AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais).

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, ainda há doses disponíveis, apesar de a capital ter atingido a meta de vacinação de 80% dos grupos de risco. Foram mais de 3,2 milhões de pessoas imunizadas na campanha deste ano. Outras formas de evitar a contaminação é higienizar as mãos e evitar ambientes fechados.


'NUNCA SENTI NADA PARECIDO'


O motorista Rubens Murilo do Santos, 55, foi uma das vítimas do H1N1 na capital. Foram 30 dias de repouso, cinco deles sem sair da cama. "Eu pensei que eu fosse explodir de tanta dor no corpo. Nunca senti nada parecido", afirma.

Murilo conta que começou a ter os primeiros sintomas no início de maio e pensou que fosse uma gripe comum. Mas não era. E estava em casa quando a febre e a dor no corpo aumentaram de repente. "Não conseguia firmar a cabeça e sentia uma fraqueza intensa", recorda.

Como nenhum remédio fazia mais efeito, decidiu ir a um pronto-socorro. E teve de sair de cadeira de rodas, porque não conseguia mais andar. No hospital, exames confirmaram que estava com H1N1, e ele foi medicado com tamiflu, o antiviral indicado contra a gripe.

Após 24 horas em observação no hospital, o motorista foi liberado para se recuperar em casa, em repouso absoluto. Foram cinco dias sem sair da cama. "Eu perdi o apetite, não conseguia comer e sentia um mal-estar generalizado, que nunca tinha sentido antes", lembra.

Quando a febre começou a ceder, já no sexto dia dos sintomas, Murilo conseguiu voltar a andar, mas ainda com dificuldade.

Para que ninguém de casa fosse contaminado com o vírus, Murilo, a mulher e as visitas usaram máscaras cirúrgicas. Utensílios de uso pessoal, como talheres, copos e toalha de banho também foram separados. "Perdi uns 2 kg que ainda não recuperei. mas hoje estou 100%", afirmou o motorista, que disse não saber onde pegou o vírus. Depois de tudo que passou, ele se vacinou.




Tratamento de hérnia avança no País

05/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Problema que causa dores na coluna e perda da força, a hérnia de disco tem sido um fantasma para atletas olímpicos brasileiros. Responsável pelo corte do jogador de basquete Anderson Varejão e por dar um susto na saltadora Fabiana Murer, a doença atinge mais de 5 milhões de brasileiros atualmente, mas pode ter um tratamento de sucesso com fisioterapia e procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos.

“É um porcentual pequeno das pessoas que precisam de cirurgia.

A tendência é ser menos invasivo e isso resolve 89% dos casos. As grandes instituições no Brasil e no mundo trabalham sem cirurgia em coluna, porque é possível tratar com fisioterapia”, explica o fisioterapeuta e diretor do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, Helder Montenegro.

O problema é causado por questões genéticas, mas também por má postura, sedentarismo e obesidade – e pode aparecer em pessoas que exercem atividades que forçam a coluna.

Ela se caracteriza pela degeneração do disco, uma estrutura localizada entre as vértebras.

Após esse processo, ele se desprende e começa a causar compressão em estruturas nervosas, o que provoca a dor.

“Quando é na região lombar, que é o tipo mais comum, a pessoa sente uma dor na coluna que irradia para a perna, perda da força nos membros e pode até ter perda na capacidade de controle das necessidades fisiológicas”, afirma Alexandre Fogaça Cristante, ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC).

Cristante diz que 80% das pessoas terão lombalgia em algum momento de suas vidas e cerca de 10% delas terão hérnia de disco. Sucesso. Ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Samaritano, João Paulo Bergamaschi destaca também que, atualmente, os casos cirúrgicos são minoria e o tratamento se tornou menos invasivo nos últimos cinco anos.

“No caso de cirurgia para tirar a hérnia, há dez anos, fazíamos uma incisão de dez centímetros e a recuperação do paciente variava de dois a seis meses, com sucesso de 70% a 80%.

Hoje, no procedimento por vídeo, temos incisão de menos de um centímetro e, de dois a três dias, a pessoa já retoma as atividades normais. E 90% dos pacientes têm melhora dos sintomas.” Dependendo do procedimento, a hérnia pode ser aspirada ou removida com tubos de fibra óptica.

O professor universitário Rodrigo Obata Mouriño, de 42 anos, relata que os primeiros sintomas apareceram há dez anos. “Fui espirrar e caí no chão. Não consegui me levantar, por causa da dor nas costas.

Passados dez anos, comecei a sentir um formigamento no dedão do pé esquerdo que aparecia e sumia. Também comecei a sentir uma dor nas costas que irradiava para a perna.” A situação se agravou e ele lembra que não conseguia ficar mais de três minutos em pé, o que o afastou das salas de aula por seis meses. Há três anos, se submeteu a uma cirurgia que resolveu o problema com um pequeno corte. “A cirurgia durou apenas uma hora e meia e eu voltei para casa no mesmo dia. Hoje, não sinto mais nada.” Rio-2016. Em seu Facebook, na terça-feira, a atleta Fabiana Murer disse que está fazendo tratamento com fisioterapia e está evoluindo. “Já fiz até um treino de salto completo. Estou evoluindo rapidamente e estou me dedicando ao máximo para chegar 100% na Olimpíada.” Segundo Pil Sun Choi, coordenador do Grupo de Coluna Minimamente Invasiva do Hospital São José da Beneficência Portuguesa de São Paulo, a eficácia do tratamento sem cirurgia não se dá apenas com atletas.

“Ele é um paciente que se beneficia com as técnicas minimamente invasivas, mas uma pessoa normal, um esportista de fim de semana, também pode ter um tratamento eficiente. Felizmente, 95% são curados em menos de um mês com tratamentos não cirúrgicos.”




EUA: dois bebês têm microcefalia associada ao zika

05/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Dois bebês nasceram com microcefalia na Califórnia, de mães que foram infectadas com o zika durante a gravidez em países em que o vírus é endêmico, conforme informou ontem o Departamento de Saúde Pública.

Até o momento, 13 bebês nasceram com problemas relacionados ao zika no país, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Outros seis fetos sofreram abortos ou eram natimortos.

Na Califórnia, 114 pessoas foram infectadas com o vírus, incluindo 21 grávidas. Todos os casos têm relação com viagens ao exterior.

No geral, 1.658 casos de zika foram registrados nos Estados Unidos até o dia 27 de julho. Ainda ontem, o presidente Barack Obama afirmou que seu governo está “sem dinheiro” para combater a zika e acusou o Congresso, de maioria republicana, de não liberar fundos. “A situação voltou a ser crítica.” Vacina. Conforme publicado ontem na revista Science, um grupo de cientistas brasileiros e americanos completou mais uma etapa dos estudos préclínicos para o desenvolvimento de vacinas contra o vírus da zika para humanos.

Um mês depois de anunciar que duas candidatas a vacina deram proteção completa a camundongos, o grupo comprovou em novo estudo que três tipos de vacina foram totalmente eficazes contra a infecção por zika em macacos rhesus. O trabalho é dos pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Beth Israel Deaconess Medical Center e do Instituto Walter Reed do Exército dos EUA.




Ministro da Saúde defende parceria com o MEC para compra de merenda saudável

04/08/2016 - Portal EBC


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu hoje (4), durante o Evento de Alto Nível da Iniciativa Nutrição para o Crescimento, uma parceria com o Ministério da Educação para definir critérios de alimentação saudável nas compras públicas de produtos para a merenda escolar.

“Estamos negociando um protocolo de alimentação saudável, que já estabelecemos no Ministério da Saúde, para as escolas, de modo que se siga esse protocolo na merenda escolar, com mais alimentos naturais, menos alimentos processados”, disse o ministro.

O evento ocorre no Rio de Janeiro e teve a primeira edição em Londres, em 2012. A iniciativa foi criada para apoiar as políticas de nutrição que levem ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2 e 3 (erradicação da fome e garantia de vida saudável), além do enfrentamento da má nutrição no mundo.

Os participantes do evento defenderam mais investimentos em políticas públicas de combate à obesidade infantil e à má nutrição e o engajamento de governos e sociedade no cumprimento das metas e compromissos globais de nutrição.

A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, disse que a entidade tem trabalhado para combater a má nutrição em todo o mundo e lamentou que, nos dias atuais, uma parte da população mundial sofra com a fome e outros enfrentem o sobrepeso ou a obesidade. Segundo dados do Ministério da Saúde, 7% da população brasileira sofre de desnutrição e 20% de obesidade.

Segundo o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano, a participação da sociedade no combate às doenças relacionadas com a má nutrição e a obesidade é fundamental. “A sociedade civil, o setor privado, o governo [precisam discutir], mas é uma decisão da sociedade, e tem que ser amparada em uma política de Estado, uma política duradoura.”


PROTESTO


Ao deixar o evento, o ministro Ricardo Barros foi hostilizado por um grupo de manifestantes do movimento Ocupa SUS, que gritaram palavras de ordem como “A nossa luta é todo dia porque saúde não é mercadoria” e “O SUS é nosso, ninguém tira da gente, direito garantido não se compra e não se vende”.

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