CRF-SP participa de Congresso com foco no diabetes
São Paulo, 31 de julho de 2017.
A participação do farmacêutico na equipe multidisciplinar está cada vez mais valorizada. Tanto que mais uma vez o CRF-SP foi convidado para fazer parte do Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes, promovido pela Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, Anad. A 22º edição foi realizada de 27 a 30/07, na Unip Vergueiro, na capital. No último domingo, 30/07, um dos simpósios foi coordenado pelo CRF-SP e totalmente focado no trabalho do farmacêutico em relação ao paciente com diabetes. Mediado pelo coordenador da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas do CRF-SP, Dr. Paulo Caleb dos Santos, o Simpósio “O Farmacêutico e o D.M.”, contou com a participação do Dr. Marcos Machado Ferreira, diretor-tesoureiro do CRF-SP, que em sua palestra falou sobre a interpretação de exames laboratoriais no acompanhamento farmacoterapêutico em Diabetes Mellitus. “Nosso intuito não é exceder nenhum âmbito de atuação, mas trabalhar em conjunto com outros profissionais, contribuindo no diagnóstico, no tratamento e em tudo que reflita no bem-estar do paciente. Antes, o farmacêutico estava limitado a realizar exames, hoje temos a resolução 585/13 que nos ampara e permite a atuação clínica”.
Dr. Marcos enfatizou ainda que o farmacêutico pode solicitar exames para realizar o acompanhamento farmacoterapêutico. Outro destaque foi o crescimento do número de farmácias especializadas em diabetes ou mesmo de redes que estão cada vez mais se adaptando para o atendimento especial a esse paciente. “Nosso papel não é vender medicamento, mas acompanhar os efeitos dos medicamentos por meio de exames, principais reações adversas, cumprir o papel de profissional de saúde e contribuir com o paciente e o médico que o assiste”.
Cuidados farmacêuticos no D.M. A farmacêutica e membro da Comissão Dra. Ana Cristina Lo Prete fez questão de mostrar à plateia formada por farmacêuticos, médicos, nutricionistas, enfermeiros e outros profissionais, o quanto a sua vida mudou após trabalhar em conjunto com uma equipe multidisciplinar. “Em São Paulo estamos demorando para efetivamente implementar os serviços farmacêuticos, no Nordeste, por exemplo, pela precariedade do sistema de saúde, as farmácias realizam mais serviços. O acompanhamento farmacoterapêutico não é uma ideologia, é uma possibilidade”. Como muitas pessoas são diabéticas e nem têm conhecimento, o farmacêutico é o profissional que pode identificar os possíveis sinais e encaminhar ao tratamento indicado com o médico. “O paciente precisa entender a gravidade da doença, não para amedronta-lo, mas para que ele faça o controle da melhor fala possível”, destacou dra. Ana.
Ela também destacou que muitos pacientes desenvolvem comorbidades como hipertensão arterial e dislipidemias, o que aumenta o número de medicamentos e, consequentemente, contribui com o abandono ou confusão na utilização. Entre os principais cuidados estão orientar sobre os cuidados de higiene, alimentação, atividade física, importância de consultar um médico periodicamente; dispensar medicamentos de forma ativa mediante prescrição; verificar ou orientar a monitorização dos níveis de glicemia; identificar problemas de saúde relacionados a DM, identificar efeitos adversos, além de avaliar a segurança e eficácia dos medicamentos.
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Sobre a ANAD
Fundada em 1979, a Anad conta hoje com cerca de 20 mil associados e se caracteriza por ser uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, além de estar entre os oito centros de educação em diabetes da IDF, International Diabetes Federation, em todo o mundo. A finalidade é atender, orientar, tratar, educar e acompanhar pessoas com diabetes e seus familiares. Atua também junto aos diversos profissionais de saúde que trabalham em diabetes, no sentido de capacitá-los, recicla-los e atualizá-los em diabetes sempre com o objetivo de propiciar o melhor atendimento e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida ao portador de diabetes.
Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP
