ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS

Segundo ele, a venda nunca foi proibida, mas houve uma prioridade de abastecer o Ministério em um primeiro momento, para distribuição na rede pública.

"Na primeira fase o laboratório tinha que atender o Ministério da Saúde, porque não tinha capacidade suficiente para a atender a demanda que nós fizemos e colocar nas farmacias. Não somente do Brasil como de outros países", destaca o representante do governo.

Na sua avaliação, a priorização das demandas do ministério foi correta. "Na medida em que foi aumentando sua capacidade de atender o Ministério da Saúde, eles [os laboratórios] estão informando que vão ter disponibilidade de atender novas demandas que nós apresentamos, bem como comercializar", acrescenta.

Em relação à venda do medicamento, Hage afirmou que "a partir do momento em que eles [os laboratórios] oficializarem e disserem 'olha, nós estamos atendendo e podemos colocar isso no mercado", nós vamos nos manifestar, e não há nenhum problema. A restrição que houve foi no sentido de poder atender a capacidade de demanda do ministério e, em especial, do Brasil."

Mas Hage afirmou que não há falta do medicamento na rede pública. Segundo ele, já foram distribuídos quase 1 milhão de tratamentos. Até agora, foram confirmados 6.592 casos graves da nova gripe no Brasil, com 657 mortes.

Críticas à burocracia

Durante a audiência pública, o presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Celso Ramos, criticou a burocracia para a liberação do Tamiflu. Embora concorde com o protocolo atual que indica o medicamento apenas para casos graves e pessoas com algum fator de risco, Ramos afirma que esta orientação foi elaborada quando o vírus era endêmico.

Com a pandemia, boa parte dos casos tem ocorrido em adultos jovens que não estão no protocolo. "O julgamento tem que ser do médico. O que não pode é uma pessoa por telefone decidir se vai ou não vai liberar o medicamento que o médico que examinou o paciente decide que tem que ser usado".

Celso Ramos disse ainda que a preocupação do governo com a resistência do vírus ao medicamento não se justifica porque existem apenas 12 casos de resistência registrados no mundo. Eduardo Hage explicou que o governo tem se baseado em evidências científicas e está monitorando a situação no Brasil e no mundo a todo momento.

Canal direto

Como vários deputados relataram casos de pessoas que procuraram os gabinetes para reclamar da falta do Tamiflu em alguma região do País, o deputado Eleuses Paiva (DEM-SP) sugeriu ao diretor que o governo providencie um canal direto para o relato destes casos.

"Nossos e-mails estão cheios de queixas de pacientes que não conseguem o Tamiflu, de médicos que estão colocando dificuldades neste momento de crise", destacou o deputado paulista.

"O que nós estamos pedindo é o seguinte: que a gente possa identificar quais são estes focos. A partir do momento que tem um canal, nós vamos poder identificar por estado, por cidade, por região e tentar criar naquele local uma maior facilidade no acesso a esta droga", acrescenta.

Vacina

Sobre a vacina contra a nova gripe, o representante do Ministério da Saúde disse que a estimativa continua sendo a de imunizar cerca de 35 milhões de pessoas no Brasil com prioridade para profissionais da área médica e pessoas com fatores de risco. Os sintomas mais comuns da nova gripe são febre, tosse e falta de ar.

(Fonte: Assessoria de Imprensa/Câmara dos Deputados)

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