CRF-SP alerta para interações entre bebidas alcoólicas e medicamentos

 

CRF-SP alerta para interações entre bebidas alcoólicas e medicamentosSão Paulo, 23 de fevereiro de 2017.

Preocupado com o uso abusivo de álcool durante o Carnaval, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, CRF-SP, alerta sobre os riscos da mistura entre bebidas alcoólicas e medicamentos. As dores de cabeça, enjoos e tonturas da ressaca podem levar as pessoas a buscarem alívio rápido sem se importarem com os perigos a que estão expostas.

A mistura de álcool com analgésicos, por exemplo, pode resultar em perda da coordenação motora e do reflexo, se utilizado com ácido acetilsalicílico pode irritar a mucosa que reveste o estômago e causar até hemorragia gastrintestinal, já os anti-inflamatórios podem resultar em danos ao fígado quando ingeridos com bebida alcoólica, enquanto a superdosagem de paracetamol eleva o risco de necrose hepática.

 

Algumas interações entre medicamentos

 

Analgésicos + álcool = tonturas, perda da coordenação motora e diminuição de reflexos.

Ácido acetilsalicílico + álcool = irritação da mucosa do estomago e até hemorragia gastrointestinal.

 

Superdosagem (riscos de ingerir dose acima da recomendada)

Paracetamol (analgésico e antitérmico) - Pode causar necrose hepática. Se utilizado com anti-inflamatórios não esteroides pode potencializar os efeitos terapêuticos e os tóxicos.

Dipirona Sódica (analgésico e antitérmico) - Podem causar hipersensibilidade, transtornos hematológicos por mecanismos imunológicos, tais como a agranulocitose (redução ou ausência dos leucócitos granulosos).

Ácido acetilsalicílico (AAS – analgésico e anti-inflamatório) - Náuseas, vômitos, diarreia, gastrite, exacerbação de úlcera péptica, hemorragia gástrica, urticárias e enjoos. O uso prolongado e em dose excessiva pode predispor a nefrotoxicidade. Pode induzir broncoespasmos em pacientes com asma, alergias e pólipos nasais.

Kit antirressaca

O CRF-SP chama a atenção também para a prática ilegal da venda dos chamados "kits antirressaca" em farmácias. Essa prática é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e deve ser denunciada ao CRF-SP pelo portal www.crfsp.org.br, por telefone 08007702273 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Pílula do dia seguinte

No Carnaval, também há o aumento do consumo de pílula do dia seguinte sem orientação. Criado para ser utilizado, em casos de emergência, para evitar uma gravidez indesejada, esse medicamento tem sido utilizado como um contraceptivo normal. A eficácia desta pílula diminui com o tempo e, após cinco dias da relação sexual, não faz mais efeito. Além disso, o uso repetitivo aumenta o risco de falha, não substitui outros métodos contraceptivos como a camisinha e o anticoncepcional e não protege de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs/Aids).

 

Thais Noronha

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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