CRF-SP promove fórum para discutir a realidade das PICs na rede pública de saúde

2011_07_04_pics_home2011_07_04_pics_homeSão Paulo, 04 de julho de 2011.

Com objetivo de divulgar, sensibilizar e propor avanços para a implantação da Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi realizado no último sábado (02/07), na Universidade Mackenzie, o IV Fórum Sobre Práticas Integrativas e Complementares no SUS – Realidade no Estado de São Paulo. O evento reuniu representantes do Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde estadual e municipal que apresentaram informações sobre as condições das práticas integrativas em cada esfera governamental, ações planejadas e desafios a serem atingidos.

A primeira palestra foi apresentada pelo conselheiro e coordenador da Comissão Assessora de Saúde Pública, dr. Israel Murakami, que apresentou um levantamento realizado pelo CRF-SP no Estado de São Paulo para medir o nível de interesse e aceitação das Práticas Integrativas nos municípios. Diante dos dados apresentados, dr. Murakami concluiu que “nos poucos municípios em que as PICs são realizadas, foram implantadas por iniciativas pessoais e/ou isoladas, com recursos escassos. Há poucos profissionais e faltam conhecimentos sobre o assunto, tanto dos gestores quanto dos farmacêuticos”.

2011_07_04_pics_margaretedra. Margatere Akemi Kishi 2011_07_04_pics_israeldr. Israel Murakami

A dra. Carmem Lúcia de Simoni foi a segunda palestrante do Fórum. Ela é coordenadora nacional de práticas integrativas e complementares do Ministério da Saúde e apresentou os registros do poder público nas regiões brasileiras. Destacou que embora os farmacêuticos tenham diversas resoluções de âmbito na área das PICs, elas não estão contempladas no Cadastro Brasileiro de Ocupação (CBO) e que isto dificulta o acompanhamento do Ministério da Saúde sobre a atividade e produção desses profissionais. “É necessário construir uma agenda de compromissos com os gestores municipais para avançar com as práticas integrativas”, afirmou.

dra. Carmem de Simoni, do Ministério da Saúdedra. Carmem de Simoni, do Ministério da Saúde A realidade das PICs no Estado de São Paulo foi apresentada pela dra. Alcione G. de Alencar Rocha, que é farmacêutica especialista em homeopatia, acupuntura e fitoterapia e servidora estadual. Ela mostrou o histórico da PICs em São Paulo e apontou as fragilidades nas poucas unidades que oferecem o serviço e concluiu: “Não há uma política estadual de práticas integrativas”. Segundo a dra. Alcione, as PICs não estão implantadas, entre outros motivos, porque o Estado não tem medicamentos homeopáticos e fitoterápicos e muitos médicos acabam realizando o tratamento alopático por falta de opção.

O serviço público municipal foi representado pela dra. Suely Miya Albuquerque, coordenadora da área técnica das medicinas tradicionais, homeopatia e práticas integrativas em saúde da secretaria municipal de Saúde de São Paulo. Ela apresentou dados estatísticos sobre as atividades desenvolvidas na cidade, informou sobre ações desenvolvidas como a capacitação de médicos, atividades educativas, implantação e acompanhamento de hortas de plantas medicinais, dentre outros projetos desenvolvidos.

dr. Alcione, representante estadualdr. Alcione, representante estadual O evento em São Paulo complementou o ciclo de discussões que teve encontros realizados em Bragança (21/08/10), Marília (04/12/10) e Santos (19/03/11). Das discussões registradas nos quatro Fóruns algumas proostas já poderão ser adotadas pelos profissionais, de acordo com os compromissos assumidos, dentre elas, unir forças entre as entidades envolvidas como sindicatos, universidades e estudantes; cobrar maior envolvimento dos Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde com o tema; e inclusão das PICs nas discussões da Semana de Assistência Farmacêutica do CRF-SP

dra. Suely M. Albuquerque, da secretaria municipal de saúdedra. Suely M. Albuquerque, da secretaria municipal de saúde

No encerramento do evento a dra. Margarete Akemi Kishi, secretária-geral do CRF-SP, concluiu que há muito o que fazer e exigir do poder público para que as PICs avancem. “Se nós, como farmacêuticos e como cidadãos não exigirmos dos governos, nada mudará. Este movimento precisa crescer a partir de encontros como este e ganhar volume e visibilidade”, afirmou.

Também compareceram ao IV Fórum sobre Práticas Integrativas o dr. Ely Saranz Camargo, conselheiro federal por São Paulo, dr. Sérgio Panizza, coordenador da Comissão de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRF-SP, dr. Roberto Rodrigues Ribeiro, diretor do Centro de Ciências Biológicas do Mackenzie, dra. Helena Pires Guerrino, vice-coordenadora da Comissão de Homeopatia, e dra. Terezinha de Jesus Diniz, membro da Comissão de Acupuntura.

Clique aqui e veja a apresentação do dr. Israel Murakami

Clique aqui e veja a apresentação da dra. Alcione Alencar Rocha 

Clique aqui e veja a apresentação dra. Suely M. Albuquerque

Clique aqui e veja a apresentação da dra. Carmem de Simoni 


Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP


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