Estudo envolveu pacientes com infecção urinária provocada pela bactéria Escherichia coli São Paulo, 13 de abril de 2011.
Um estudo inédito do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conseguiu identificar os locais da cidade de São Paulo onde há maior risco de resistência bacteriana ao antibiótico ciprofloxacina, indicado para o tratamento de infecções urinárias. De acordo com o levantamento, uma faixa da zona sul, partes da zona oeste e o centro são as áreas mais críticas.
O mapeamento foi tema de reportagem do jornal Estado de S. Paulo (edição de 12 de abril), e resulta da análise espacial e geográfica do consumo desse medicamento na capital, em casos de infecção urinária provocada pela bactéria Escherichia coli. Os resultados demonstraram que onde há maior consumo do antimicrobiano, há maior risco de resistência.
Os pesquisadores partiram do pressuposto de que a resistência bacteriana é transmissível e, por isso, ela se concentraria em determinadas regiões. Isso significa que um doente, quando adquire resistência, pode transmitir a bactéria resistente para outras pessoas.
A reportagem reforça ainda que o mapeamento da resistência é uma forma prática para que gestores em saúde pública criem estratégias para evitar ou reduzir o problema. Um dos entrevistados, o médico infectologia dr. Plínio Trabasso, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirmou que um dos maiores motivos da resistência bacteriana é a ausência de dados epidemiológicos. Para ele, essa técnica preenche exatamente essa lacuna. O estudo deverá ser continuado, com a avaliação de outros 23 antibióticos e outras três bactérias.
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Renata Gonçalez
Assessoria de Comunicação CRF-SP
