São Paulo, 21 de janeiro de 2011.

Em pleno dia 20 de janeiro, o auditório do Centro Universitário São Camilo, no bairro do Ipiranga, estava repleto de farmacêuticos que participaram do simpósio “Mercado farmacêutico brasileiro: tendências e desafios”. No total, mais de 250 profissionais acompanharam os painéis e mesas de debate formadas por representantes de toda a cadeia que envolve medicamentos e produtos para saúde.

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A abertura contou com a diretoria do CRF-SP, além de autoridades da área da saúde como a dra. Inês Romano, que representou o prefeito da cidade Gilberto Kassab, e o secretário municipal de Saúde, dr. Januário Montone. Segundo dra. Inês, o mercado farmacêutico é extremamente importante para a saúde pública. “Todos sabem o quanto o farmacêutico é essencial neste contexto”.  O secretário de Estado de Gestão Pública de São Paulo, dr. Julio Semeguini foi representado por dr. Lafif Abrão Jr.

Dra. Raquel Rizzi, presidente do CRF-SP parabenizou os farmacêuticos pela garra e empenho, combustíveis indispensáveis para a grande sequência de mudanças positivas que a profissão vem conseguindo nos últimos tempos. Ressaltou também que no ano de 2011 o CRF-SP comemora os 50 anos de existência.

Para dra. Margarete Kishi, secretária-geral e coordenadora das atividades em comemoração aos 50 anos do CRF-SP, o simpósio foi fundamental para dar instrumentos ao farmacêutico no exercício do seu papel no dia-a-dia. “O ano todo será marcado por eventos de atualização profissional para comemorarmos da melhor forma o jubileu de ouro do CRF-SP”.

Na primeira etapa do evento a ênfase foi às áreas que compõem a cadeia produtiva, ou seja, insumos, pesquisa, desenvolvimento, inovação, genéricos, produtos para saúde e aspectos regulatórios.  O presidente da Cristália, Ogário Pacheco ressaltou a possibilidade real de descoberta de medicamentos e destacou ainda que com o crescimento do setor, a indústria nacional caminha para a independência do mercado internacional.

Quanto aos genéricos, o vice-presidente da EMS, Waldir Eschberger, fez questão de ressaltar que a entrada de medicamentos genéricos no mercado mudou a valorização do farmacêutico no Brasil. Ao mesmo tempo, os genéricos enfrentam inúmeras barreiras jurídicas, tendo em vista a série de pedidos de ampliação dos prazos de patentes por parte das indústrias internacionais.

Um dos pontos em comum entre a maioria das palestras foi o excesso de tributos que incidem sobre os medicamentos no Brasil. De acordo com Pedro Bernardo, da Anvisa, a taxa em São Paulo e Minas Gerais é de 18%, sendo que na Espanha é de 4% e no México 0%.

O varejo farmacêutico também esteve entre as discussões, e foi tema do segundo painel. Entre as palestras, o conselheiro do CRF-SP, dr. Rodinei Vieira Veloso, enfocou o diferencial do estabelecimento e do farmacêutico que presta serviços. “O farmacêutico deve empenhar-se na mudança de postura, é preciso ir além da formação acadêmica, ainda assim, não basta apenas fazer um curso, é preciso aplicá-lo. Se a farmácia não tem condição de ter um farmacêutico qualificado, nem deveria existir”. De acordo com a apresentação do conselheiro, na Irlanda, estudos apontam que 30% do faturamento das farmácias estão relacionados à prestação de serviços.

Após as palestras sobre o varejo farmacêutico, dr. Pedro Menegasso, diretor-tesoureiro foi o moderador da mesa de discussão que reuniu os principais representantes do setor, entre eles Associação Brasileira de Supermercados, Drogasil e ABCFarma, que ministraram palestras durante o segundo painel. Como moderador, dr. Pedro Menegasso, disse estar preocupado com o comportamento de alguns estabelecimentos em relação à pressões comerciais sobre o farmacêutico. “O CRF-SP já alertou os profissionais que o cumprimento de metas é uma prática antiética, já que o farmacêutico não é um simples vendedor de loja. É inaceitável que o farmacêutico complemente o salário com esse tipo de prática”. Dr. Pedro afirmou que o CRF-SP tem extrapolado as suas funções e investido em educação permanente na tentativa de qualificar o profissional e assim destacá-lo.

No terceiro painel, foram abordados os impactos da regulamentação sobre o setor. Para Natanael Costa, presidente do Sincofarma, o setor farmacêutico ganhou com a disposição dos medicamentos isentos de prescrição para trás do balcão. Nelson Mussolini, vice-presidente do Sindusfarma, apontou que nos Estados Unidos os genéricos ocupam 90% do mercado.


A última palestra foi apresentada por dr. Marcelo Polacow, vice-presidente do CRF-SP, que ressaltou o empenho da entidade ao contribuir com a construção de normativas por meio de sugestões às consultas públicas. “Não queremos ser apenas um órgão fiscalizador, queremos colaborar com a estruturação da área farmacêutica”.


Também esteve presente durante o evento a dra. Margarete Akemi Kishi, secretária-geral do CRF-SP e coordenadora das atividades comemorativas dos 50 anos do CRF-SP.

 

Mercado brasileiro em ascensão

De acordo com a Consultoria e Serviços do IMS Health os investimentos no mercado farmacêutico nos países que fazem parte do BRIC - Brasil, Rússia, Índia, China representam cerca de 13% da demanda global. Neste grupo, o Brasil é o segundo país em que o mercado de fármacos mais cresce.

 

 

Thais Noronha e Luana Frasca

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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