São Paulo, 25 de agosto de 2010.

Considerado pela OMS - Organização Mundial de Saúde - fator de risco para mais de 50 doenças e responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil, o tabagismo pode afetar de forma negativa a atuação de antibióticos e interferir na eficácia do tratamento. Foi o que revelou um estudo realizado na Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, de Campinas.

A pesquisa utilizou o antibiótico Metronidazol, prescrito para o tratamento de doenças periodontais, ginecológicas e outras. A conclusão foi a de que o cigarro pode interferir na ação do Metronidazol no organismo de fumantes, o que significa a alteração de sua metabolização e uma possível interferência na eficácia do tratamento de doenças com o uso deste medicamento.

Para compensar a redução do efeito do medicamento no organismo, dentistas e médicos precisariam ministrar doses maiores do antibiótico para os pacientes fumantes. A nova dosagem implica, porém, no risco de potencializar também os seus efeitos colaterais, como alteração de paladar e diarreia. 

Os pesquisadores do estudo, que será apresentado pela cirurgiã-dentista Fabiana Nolasco, no Congresso Mundial de Odontologia em outubro, nos Estados Unidos, selecionaram um grupo de pessoas que fumavam 20 cigarros por dia e um grupo de não fumantes com o objetivo de analisar a concentração do Metronidazol na corrente sanguínea e na saliva antes, durante e após a ingestão do medicamento nestes pacientes, para verificar se o hábito de fumar diminui as concentrações normalmente atingidas pelo antibiótico testado.

 Com informações e foto da Assessoria de Comunicação Ateliê da Notícia

 

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