O enfermeiro infectologista da Unifesp, dr. Daniel Marques, ressaltou em sua palestra a Portaria 2.616/98, que define as diretrizes para a instalação e atuação do Programa de Controle de Infecção Hospitalar.  Dr. Daniel fez questão de enfatizar que a Farmácia é fundamental na composição das áreas que fazem parte da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), justamente por ser um trabalho transdisciplinar, que envolve diversos setores da unidade hospitalar.

Em seguida, o dr. Eduardo A. Servolo de Medeiros, presidente da CCIH da Unifesp, abordou o uso de antibióticos do ponto de vista clínico. De acordo com ele, a UTI é um dos locais com grande ocorrência de desenvolvimento de novos antibióticos não acompanha as novas cepas resistentes que têm surgido nas últimas décadas. “Hoje, não temos tratamento para uma série de infecções por bactérias resistentes”, referindo-se à diminuição em 56% do desenvolvimento de antibióticos nos últimos 20 anos.

Dr. Eduardo falou ainda sobre a importância do farmacêutico clínico. “Ele é peça-chave dentro da estrutura hospitalar, mas, infelizmente, o trabalho não é tão valorizado. O farmacêutico deve estar envolvido em visitas à UTI e sempre contribuir com seus conhecimentos nas características de farmacocinética e farmacodinâmica dos antibióticos”.

A farmacêutica dra. Raquel Queiróz de Araújo focou a palestra no papel do farmacêutico e na otimização do uso de antimicrobianos no hospital. “O farmacêutico precisa estar além das atividades administrativas. Ele precisa conhecer o histórico do paciente, orientar ajustes de dose, estudar a prevalência de bactérias multiresistentes, identificar as principais interações medicamentosas e muito mais. É um trabalho constante”.

Dr. Paulo Celso Pardi, professor de Patologia da Uniban, encerrou o ciclo de palestras da noite, com o tema “Resistência Bacteriana”. Além de mostrar aos farmacêuticos diversos estudos com a prevalência das bactérias mais resistentes, dr. Paulo ressaltou a dificuldade em combatê-las, lembrando que tratam-se de organismos que vêm resistindo a inúmeras intempéries por mais de quatro milhões de anos.

Uma série de questionamentos dos participantes foi respondida ao final, durante a mesa de encerramento composta pelos palestrantes e coordenada pelo dr. Gustavo Alves A. dos Santos, vice-coordenador da Comissão de Farmácia Hospitalar do CRF-SP. A discussão terá continuidade no XVI Congresso Paulista de Farmacêuticos, organizado pelo CRF-SP, de 18 a 21 de setembro de 2010.

 

 

Da esq. para dir.: dr. Gustavo Alves; dra. Raquel de Araújo; dr. Daniel Marques; dr. Eduardo Medeiros; dr. Paulo PardiDa esq. para dir.: dr. Gustavo Alves; dra. Raquel de Araújo; dr. Daniel Marques; dr. Eduardo Medeiros; dr. Paulo Pardi

 

 

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