De acordo com o dr. Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa: "A questão que está colocada não é proibir a propaganda. Ela está autorizada. Agora, em relação àqueles antigripais, havia um quadro epidemiológico crítico, pessoas com dúvidas sobre como proceder, a necessidade e o cuidado em relação aos sintomas da gripe. Eu acho, inclusive, que os profissionais das agências de publicidade e indústrias farmacêuticas têm consciência de que não poderíamos aproveitar um momento de fragilidade coletiva para a venda de produtos, que, de fato, não iriam resolver o problema", observou Raposo.

Dr. Dirceu também afirmou que se a situação da gripe A estiver sob controle, os comerciais de antigripais poderão voltar a ser veiculados. "Se a situação epidemiológica permanecer como está hoje, aparentemente estável, segundo relatórios do Ministério da Saúde, que cuida disso e nos orienta, é provável que essa norma seja revista ainda este mês".

Enquanto isso, Brasília sediará nesta quinta-feira, 8/10, o Fórum sobre Publicidade de Propaganda em Medicamentos, que irá discutir essas e outras questões da publicidade farmacêutica no país. O Fórum promete uma discussão interdisciplinar e pretende entender como é possível fazer uma campanha de medicamentos sem induzir a sociedade à automedicação.

Será proposto um amplo debate sobre os aspectos legais da publicidade de medicamentos, o papel dos profissionais de saúde e das empresas fabricantes na promoção racional de medicamentos, com o intuito de dar voz aos vários agentes sociais envolvidos, estabelecer parâmetros claros, objetivos e que assegurem a proteção da saúde da população de forma responsável e justa.

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