Prefeitura de Jundiaí adere à campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica
São Paulo, 12 de agosto de 2020.
A campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, lançada recentemente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) visando o enfrentamento da violência contra as mulheres e a subnotificação de casos devido ao isolamento social ocasionado pela pandemia, acaba de ganhar um importante aliado: o apoio da Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS).
A iniciativa, que já credenciou mais de dez mil farmácias e drogarias de todo o país, tem por objetivo incentivar denúncias dessa modalidade de crime por meio de um “X” desenhado na mão e exibi-lo ao farmacêutico ou ao atendente da farmácia. Dessa forma, a vítima poderá receber auxílio e acionar as autoridades.
Na avaliação da diretora do Departamento de Proteção Especial da UGADS, Ariane Rios, a Prefeitura quis dar visibilidade à campanha a fim de que ela se some a outras frentes de ação no apoio a essas vítimas. “Isso deverá ser muito importante principalmente para a população mais vulnerável, que poderá encontrar nas farmácias e drogarias mais um ponto de apoio para denúncia”.
A diretora do departamento responsável pela UGADS afirmou que o enfrentamento à violência contra a mulher é uma bandeira importante para Jundiaí, por isso, a campanha Sinal Vermelho foi bem recebida pela administração municipal. “Quando fomos procurados pela Dra. Maria Fernanda Carvalho (conselheira do CRF-SP) para falar sobre a iniciativa, entendemos que a capilaridade das farmácias pode facilitar a comunicação dessas mulheres que estão enfrentando alguma dificuldade para registrar boletim de ocorrência durante a pandemia”.
Além do apoio à iniciativa, a Prefeitura de Jundiaí dá suporte à mulher vítima de violência, como a criação da Patrulha Maria da Penha e tem fortalecido junto à rede socioassistencial as orientações para os protocolos de denúncia na identificação dos casos durante o isolamento social. Como por exemplo, a possibilidade de registro digital de boletim ocorrência para a Polícia Civil, sem a necessidade de ida até a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ou outras delegacias.
Segundo Ariane Rios, nos serviços ligados à assistência social do município foi percebido aumento de casos de violência não somente contra a mulher, mas também contra população mais vulnerável de modo geral, como crianças e idosos. Por esse motivo, a diretora solicitou dados comparativos dos anos anteriores à Secretaria de Segurança Pública de Estado de São Paulo, e aguarda o resultado para fazer um balanço.
A conselheira do CRF-SP Dra. Maria Fernanda Carvalho comenta a adesão da Prefeitura de Jundiaí à campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica: “É muito importante que um órgão do porte de uma prefeitura divulgue a campanha tanto para as mulheres como para que as farmácias tomem conhecimento e façam adesão. Nosso intuito é que a ação atinja o maior número de pessoas, e que mulheres vítimas de violência se sintam incentivadas a denunciar e vejam a farmácia como um local de acolhimento, onde possam obter ajuda. As farmácias sempre foram locais acessíveis e estão na comunidade. Nossa expectativa é que, com o apoio da prefeitura, possamos alavancar ainda mais essa campanha. ”
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Dra. Maria Fernanda Carvalho, conselheira do CRF-SP
Renata Gonçalez
Departamento de Comunicação CRF-SP
