Nota conjunta sobre o uso de inibidores da SGLT2 e o risco de cetose e cetoacidose


Nota conjunta sobre o uso de inibidores da SGLT2 e o risco de cetose e cetoacidose Nota conjunta sobre o uso de inibidores da SGLT2 e o risco de cetose e cetoacidose São Paulo, 30 de abril de 2020.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Sociedade Brasileira de Cardiologia emitiram uma nota conjunta dirigida à população brasileira com Diabetes Mellitus (DM) em relação ao uso dos inibidores da SGLT2: empagliflozina (Jardiance ® e Glyxambi®), dapagliflozina (Forxiga® e XigDuo XR®) e canagliflozina (Invokana®), atualmente utilizados para o controle da glicemia em pacientes com DM tipo 2.

No documento, as entidades alertam que recentemente tem circulado pela internet uma postagem supostamente assinada por um serviço médico ligado ao Sistema Nacional de Saúde Britânico, publicada em 3 de abril de 2020, informando sobre relatos de casos isolados de pacientes com DM admitidos por sintomas de Covid-19, aparentemente sugerindo maior risco de cetose comparativamente a outras infecções.

Em função do alerta acima, a SBD, a SBEM e a SBC vêm a público posicionar-se e fazer as seguintes observações e recomendações:

1. Até o momento, não existem evidências na literatura de que a infecção pelo Coronavírus promova um aumento na incidência de cetose ou cetoacidose em relação a outras infecções em pacientes com ou sem DM. Entretanto, este fato pode ser plausível, tendo em vista a observação da ocorrência de hiperglicemias severas nas formas mais graves da Covid-19.

2. O uso de inibidores da SGLT2 em pacientes com DM tipo 1 não está recomendado em nenhuma situação e não encontra respaldo em bula. Estas observações já foram reiteradas pelas agências reguladoras – Federal Drug Administration (FDA) e Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA).

3. Pacientes com diagnóstico de DM tipo 2, propensos ou não à cetose, que estejam usando simultaneamente insulina e inibidores da SGLT2, podem manter o esquema terapêutico, mas devem suspender o uso caso haja infecção sintomática pelo Coronavírus, e sempre após orientação do médico assistente.

4. O uso de inibidores da SGLT2 em pacientes sem DM ou com pré-diabetes para redução do risco cardiovascular não tem ainda aprovação em bula pela ANVISA para essa indicação e, por isso, não deve ser feito, independentemente da presença da Covid-19.

5. Pacientes internados não devem receber inibidores da SGLT2 devido ao maior risco de desidratação. Durante a internação, a hiperglicemia deve ser tratada com insulina em seus esquemas variados.

Clique aqui e leia o informe técnico na íntegra.

 

Departamento de Comunicação CRF-SP

 

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