Farmacêuticos contra a dengue

Em razão do aumento expressivo de casos de dengue, diante da missão em contribuir para a salvaguarda e promoção da saúde da sociedade  e diante da visão de ser referência na proteção da saúde da sociedade no âmbito farmacêutico, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP),  por meio de seus de Grupos Técnicos de Trabalhos (GTTs) e Comitês, estabeleceu temporariamente uma força tarefa para de forma urgente, transversal e sinérgica, atuar no combate à dengue no Estado de São Paulo.

A campanha denominada “Farmacêuticos Contra a Dengue” tem como objetivo intensificar esforços para o combate à dengue, disponibilizando materiais específicos para farmacêuticos que sirvam como ferramentas efetivas no cuidado à pacientes acometidos pela doença. Além disso, a campanha visa desenvolver ações com finalidade de levar orientação à sociedade sobre prevenção, cuidados e riscos da automedicação em caso de dengue.

 

 

 

 

De forma emergencial, CRF-SP lança curso Cuidados farmacêuticos na imunização e administração de vacinas

http://www.crfsp.org.br/noticias/11182-novo-curso-ead.html

Redes de farmácia devem assegurar condições de segurança ao farmacêutico

http://www.crfsp.org.br/noticias/11183-vitória-do-sinfar-sp.html

 

Nada mais importante nesse momento de aumento dos casos da doença do que um profissional preparado para lidar com a situação. Confira:

 

Curso

 

9/02/24 - Conasems e Ministério da Saúde lançam curso sobre atendimento e manejo clínico das doenças causadas pelo mosquito Aedes 

Como oportunidade de aprendizado sobre os diferentes aspectos do programa de controle das doenças causadas pelo Aedes aegypti serão abordados temas, como aspectos gerais das arboviroses; Dengue e Chikungunya
 
Com dez horas de duração, o curso livre conta com:
 
* Videoaula: conteúdo em formato audiovisual com exposição técnica de renomados professores acerca da prática e do manejo clínico.
* Materiais complementares: materiais técnicos, ricos para a prática clínica, produzidos pelo Ministério da Saúde:
* Publicação do Ministério da Saúde sobre a Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico – Adulto e Criança
* Fluxograma do Manejo Clínico da Dengue.
 
 
 
 
 

240328 dengue fake s04 CF faixa site crf na imprensa

 

Pensando na importância de orientar a população sobre a contribuição do farmacêutico enquanto profissional de saúde agente multiplicador de informações diversas sobre a dengue, entre as quais os sintomas e sinais da doença; principais formas de prevenção e o uso correto de repelentes; sobre a necessidade de procurar os serviços de saúde e, especialmente, em relação aos medicamentos que devem ser evitados ao suspeitar do diagnóstico de dengue, o CRF-SP está à disposição dos veículos de imprensa para entrevistas. Confira algumas participações:

 

Tema: Uso de medicamentos na degue


22/02/2024 - Dipirona e paracetamol contra dengue: quais cuidados tomar ao buscar remédios para sintomas da doença (Portal G1)

Tema: Procura por repelentes


21/02/2024 - Dengue: aumento da procura faz repelentes ficarem mais caros em Ribeirão Preto (SP Record)

15/02/2024 - Procura por repelentes cresce nas farmácias da região (Jornal Vanguarda/Globo)

13/02/2024 - Buscas por repelentes para prevenir a dengue cresce nas farmácias (Link Vanguarda)

 

 

Releases enviados à imprensa

 

 

 

Para informações à imprensa 

Departamento de Comunicação CRF-SP

(11) 3067-1494 / 1498 / 11 99963-8129

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240328 dengue fake s04 CF faixa site perguntas frequentes

Dengue – Mitos e Verdades

 

1 - A dengue pode ser transmitida de uma pessoa para outra?

Mito. A única forma de transmissão do vírus da dengue é pela picada do mosquito Aedes aegypti. Mas, para isso, é necessário que o mosquito esteja contaminado, ou seja, ele precisa picar uma pessoa já infectada com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) para transmitir a doença para outra pessoa. A transmissão de um indivíduo para outro não é possível.

2 - A dengue é mais perigosa no verão?

Verdade. Temperaturas quentes e alta quantidade de chuva – comum durante o verão – favorece a proliferação de mosquitos, incluindo o Aedes aegypti. Por isso, é comum ocorrer picos da epidemia da dengue nos meses entre outubro de um ano e maio do ano seguinte.

3 - Não existem casos de dengue no inverno?

Mito. Apesar de a proliferação do mosquito Aedes aegypti ocorrer com mais facilidade em temperaturas quentes, isso não impede que uma pessoa seja contaminada nas estações mais frias do ano. Além disso, caso ocorra elevação de temperatura e dias chuvosos durante o inverno, a larva, que poderia estar em estado de hibernação, pode eclodir e reiniciar o ciclo de contaminação.

4 - Durante o inverno é possível reduzir os cuidados com a dengue?

MITO – Com as temperaturas mais baixas, a circulação do mosquito Aedes aegypti diminui, mas não deixa de existir. Além disso, os ovos depositados em criadouros podem resistir por mais de um ano e eclodir na presença de condições climáticas favoráveis, reiniciando o ciclo de vida do mosquito.

5 - Se não deixar água parada, o mosquito não nasce?

MITO. Eliminar o acúmulo de água é realmente fundamental para o combate da dengue, porém, apenas isso, não elimina os ovos do mosquito — que podem ficar em praticamente dormentes por até um ano e eclodir quando houver um novo preenchimento de água. Então, além de esvaziar bem os recipientes, devemos limpá-los com atenção e, se possível, preenche-los com areia para evitar futuros acúmulos de água, ou ainda deixá-los em posições que evitem o acúmulo de água.

6 - A dengue pode ser contraída mais de uma vez?

VERDADE – Existem quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 ou DENV-4). Ao contrair a dengue, a pessoa fica imunizada permanentemente para aquele tipo, mas não para os outros. As formas mais graves da doença podem se manifestar tanto na primeira infecção como, também, na reincidência da doença.

7 - O mosquito da dengue pica apenas na parte da tarde?

Mito - A fêmea se alimenta de sangue no início da manhã e mais no final da tarde, o que não impede que aconteça em outros horários.

8 - É verdade que apenas a fêmea pica?

Verdade -  Ela necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e assim dar sequência no seu ciclo de vida. Ela pode colocar até 500 ovos durante seu tempo de vida, que varia de 30 a 45 dias, tempo suficiente para picar até 300 pessoas.

Tanto o macho como a fêmea dessa espécie de inseto se alimentam de substâncias que contêm açúcar, como néctar e seiva de plantas, porém só a fêmea necessita do consumo de sangue.

9 - Mesmo se eu for picado pelo mosquito transmissor, é só não coçar para não contrair dengue?

MITO. É importante esclarecer que nem todo Aedes Aegiypti é transmissor da doença, uma vez que ele precisa ser fêmea e também estar contaminado. Mas, se somos picados por um mosquito que carrega o vírus da dengue, seremos contaminados, independente de coçar o local ou não.

Como curiosidade: a coceira é provocada por uma substância anticoagulante que o mosquito deposita na nossa pele para sugar o sangue. É ela que nos faz ter aquela vontade de coçar o local da picada.

10 - Todas as pessoas picadas pelo mosquito transmissor irão desenvolver a doença?

Nem todas. Primeiro é necessário que o mosquito esteja contaminado com o vírus. Em alguns casos, a pessoa pode adquirir dengue e não manifestar nenhum sintoma, pois às vezes a doença apresenta-se assintomática. Por se tratar de uma doença com quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), indivíduos que já tenha sido contaminado, estarão imune ao sorotipo correspondente, podendo ser contaminado pelos outros sorotipos. É importante registrar que a vacina atualmente disponibilizada pelo SUS, garante imunidade aos 4 sorotipos de vírus da dengue.

11 - Complexo B ajudam na prevenção da doença?

Mito - Não há evidências de que a vitamina B afaste os mosquitos. Para evitar as picadas é importante que as pessoas utilizem repelentes registrados na Anvisa, coloquem telas antimosquito nas janelas e realizem a vigilância de focos de água parada, que servem de criadouros para o Aedes aegypti.

12 - Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o mosquito?

Mito - A eficácia da borra de café não foi comprovada (já foi verificado na prática que a água suja de borra de café desenvolve a larva do mosquito) e a sua utilização não simplifica os cuidados recomendados que são: a eliminação de pratos junto ao vasos de plantas, a colocação de areia até as bordas dos pratos para eliminar a água e lavar pratos com buchas e sabão semanalmente

13 - Ar condicionado e ventilador impedem as picadas do mosquito?

O ar condicionado pode impedir a entrada do mosquito, já que o ambiente está fechado. O que existe de verdadeiro nessa história é que, normalmente, o mosquito se direciona em função da liberação de gás carbônico, feita pelas vias aéreas. Então, pelo fato de o ventilador ou o ar condicionado estarem ligados, o gás carbônico fica mais diluído e impediria que o mosquito localizasse a vítima por conta disso.

14 - Repelentes podem ajudar a evitar a picada pelo mosquito Aedes aegypti?

Verdade - O uso de repelente é uma forma de prevenir a picada do mosquito. De acordo com o Ministério da Saúde, os produtos mais indicados são os à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou Icaridina. Eles podem ser usados por gestantes e por crianças, desde que haja orientação médica.

15 - Usar calças e mangas compridas diminui a possibilidade de ser picado pelo mosquito?

Verdade - Principalmente nas áreas de maior risco, utilizar peças de roupas que cobrem a pele, principalmente os membros inferiores, é útil para reduzir a chance de ser picado pelo Aedes aegypti.

16 - O “fumacê” mata as larvas do mosquito?

MITO - O fumacê é um inseticida que mata os mosquitos adultos que estão voando no momento da aplicação. Para destruir as larvas, deve-se usar larvicida ou eliminar o depósito com água parada. Por este motivo, somente o fumacê não é suficiente para acabar com o ciclo do mosquito Aedes aegypti, também é indispensável eliminar os criadouros do mosquito.

17 - Posso tomar o paracetamol para sintomas da dengue?

VERDADE - O paracetamol é indicado para o controle da febre e da dor, assim como a dipirona. Nos casos em que há algum comprometimento do fígado, no entanto, deve-se evitar o paracetamol e priorizar a dipirona.

Antitérmicos e analgésicos devem ser utilizados conforme a prescrição médica e orientação do farmacêutico. A hidratação abundante também é fundamental para o tratamento da doença.

Já os anti-inflamatórios, como as aspirinas (ácido acetilsalicílico, ou AAS), o ibuprofeno ou o diclofenaco, devem ser evitados.

18 - Ivermectina cura dengue?

MITO - Tem sido veiculado pelas mídias sociais que o medicamento ivermectina (aquele que também foi erroneamente associado com a Covid-19) seria eficaz no tratamento da dengue. Porém, essa é uma informação falsa. A ivermectina não é eficaz para diminuição da carga viral da dengue e o Ministério da Saúde não reconhece nenhum protocolo em que essa medicação é indicada para o tratamento da dengue.

19 - Receitas caseiras apoiam no tratamento da dengue?

VERDADE - A principal forma de tratamento da dengue é a hidratação. Sendo assim, caso esteja com dengue, busque ingerir bastante líquido e receitas caseiras baseadas em alimentos com muita água. Mas, é importante lembrar: ainda não existe nenhuma cura milagrosa para a dengue. Lembre-se disso, procure sempre orientação médica e do farmacêutico.

20 - Se eu pegar dengue pela segunda vez, será dengue grave?

MITO. A dengue grave depende da virulência, que é quando o vírus adquire a capacidade de provocar uma doença mais forte, podendo acontecer em qualquer uma das vezes que a pessoa for infectada.

Fontes

Conheça sete mitos e verdades sobre a dengue e o Aedes aegypti - Faculdade de Medicina da UFMG

Dengue: Mitos e verdades | Hospital Sírio-Libanês (hospitalsiriolibanes.org.br)

Aedes aegypti - Mitos e verdades (saude.es.gov.br)

Aedes aegypti - Mitos e Verdades - Aesdes Aegypti (saude.es.gov.br)

Saiba o que é mito e o que é verdade sobre a dengue - Secretaria de Saúde do Distrito Federal (saude.df.gov.br)

Conheça mitos e verdades sobre o mosquito da dengue | CNN Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Informes técnicos do CRF-SP

04/24 - GTT Farmácia Magistral - Manipulação de repelentes  

04/24 - GTT Farmácia Hospitalar - Protocolo de hidratação em pacientes diagnosticados com dengue

Informes técnicos de outras entidades/órgãos 

Materiais da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) 

4/04/24 - Instituto Butantan -  Diferenças entre o mosquito transmissor da dengue e o pernilongo

05/24 - Ministério da Saúde - Informe Técnico Operacional da Estratégia de Vacinação contra a Dengue em 2024  

2024 - Ministério da Saúde - Dengue - Diagnóstico e manejo clínico - Adulto e criança - 6ª edição 

28/03/24 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - Produtos repelentes 

28/03/24 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - Testes de dengue 

2023 - Definições de caso, classificação clínica e fases da doença - Dengue, zika e chikungunya 

 

 

 

 

 

 

 

VACINAÇÃO CONTRA DENGUE (respostas atualizadas em 21/03/2024)


Em recente documento publicado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) e a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), houve o detalhamento de vários aspectos epidemiológicos, clínicos e de manejo da dengue. (nota-tecnica-sbim-sbi-sbmt-qdenga-v5.pdf)

Abaixo estão as respostas às principais perguntas relacionadas à vacinação contra dengue, com foco na recém-lançada vacina QDENGA© (TAK003), do Laboratório Takeda.


1. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS VACINAS CONTRA A DENGUE LICENCIADAS NO BRASIL?

a. Dengvaxia© (Sanofi Pasteur): vacina tetravalente, vírus vivo atenuado, 3 doses com intervalo de 6 meses entre as doses, somente indicada para quem já teve dengue. (somente para soropositivos).

b. QDENGA© (Takeda): vacina tetravalente, vírus vivo atenuado, 2 doses com intervalo de 3 meses entre as doses, independentemente de ter tido ou não dengue previamente. (soronegativos e soropositivos).


2. PARA QUEM É INDICADA A NOVA VACINA QDENGA©?

Essa vacina está indicada para indivíduos de 4 e 60 anos.


3. QUEM NÃO PODE FAZER A VACINA?

a. Como toda vacina de vírus vivo, está contraindicada para gestantes e nutrizes (amamentando).

b. Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias.

c. Reação de hipersensibilidade a dose anterior.


4. QUAL O ESQUEMA DE DOSES?

Duas doses, 0,5 ml, por via subcutânea, com intervalo de 3 meses entre elas.

 

5. QUEM JÁ TEVE DENGUE PODE FAZER A VACINA?

Sim, quem já teve dengue pode fazer a vacina. A recomendação da vacina nesta população é especialmente indicada por ter melhor resposta imune à vacina e por ser população de maior risco para dengue grave.

6. EU JÁ TIVE DENGUE. QUANTO TEMPO APÓS A DENGUE POSSO FAZER A VACINA?

Com base na produção dos anticorpos e em dados da vacina semelhante anterior, o tempo ideal entre o episódio da dengue e o início da vacinação é de 6 meses.

 

7. EU TIVE DENGUE APÓS A PRIMEIRA DOSE DA VACINA. QUANTO TEMPO DEVO ESPERAR PARA FAZER A SEGUNDA DOSE?

O estudo não encontrou impacto entre o episódio de dengue no intervalo entre as doses. Portanto, o intervalo deve ser mantudo, desde que não inferior a 30 dias em relação ao início da doença.

 

8. ESSA VACINA PROTEGE PARA QUAIS SOROTIPOS DA DENGUE?

A vacina demonstrou ser eficaz contra o DENV-1 (69,8%), DENV-2 (95,1%) e DENV-3 (48,9%). A eficácia contra o DENV-4 não pôde ser avaliada nesse período, devido ao insuficiente número de casos de dengue causados por esse sorotipo durante o estudo.

 

9. QUAL A EFICÁCIA CONTRA HOSPITALIZAÇÃO?

Houve eficácia contra hospitalizações por DENGUE CONFIRMADA LABORATORIALMENTE (DCV), com proteção geral de 84,1%, com estimativas bem semelhantes entre soropositivos 85,9% e soronegativos 79,3%.

 

10. COMO EXPLICAR A FALTA DE EFICÁCIA PARA OS SOROTIPOS DENV-3 e DENV-4 NA POPULAÇÃO PREVIAMENTE SORONEGATIVA?

Análises complementares são necessárias para melhor avaliação do padrão de resposta para DENV-3 em indivíduos previamente soronegativos. Com relação ao DENV-4, o número insuficiente de casos não permitiu análise estatística significativa que pudesse demonstrar a eficácia. De qualquer forma, os sorotipos circulantes no Brasil nos últimos anos são o DENV-1 e o DENV-2, para os quais a eficácia está claramente demonstrada.



11. SERÁ NECESSÁRIO FAZER DOSE DE REFORÇO?

Não existem dados, até este momento, que indiquem dose de reforço. Mas, os estudos seguem em andamento para responder essa questão. O tempo de seguimento pós vacina, neste momento de 4,5 anos, demonstrou não haver necessidade de reforço neste período.



12. ESSA VACINA PROTEGE CONTRA ZIKA , FEBRE AMARELA E CHIKUNGUNYA?

Não há proteção para outras arboviroses. A vacina é exclusiva para a proteção contra a dengue.



13. ESSA VACINA PODE SER FEITA JUNTO COM OUTRAS VACINAS? HÁ NECESSIDADE DE INTERVALO COM ALGUMA VACINA?

Estudos realizados com as vacinas Hepatite A, HPV (inativadas) e Febre Amarela (atenuada) demonstram segurança na aplicação concomitante com a QDENGA®. Embora a resposta de anticorpos contra a dengue tenha sido reduzida após a administração concomitante de QDENGA® e a vacina Febre amarela, a significância clínica desse achado é desconhecida. Como toda vacina de vírus vivos atenuados, a vacina dengue pode interferir na resposta imunológica a outras vacinas atenuadas. Assim, a administração de QDenga® com outras vacinas atenuadas deve ser feita com intervalo de 30 dias ou, a depender de necessidade epidemiológica e a critério médico, no mesmo dia. 

Com relação às vacinas inativadas, houve modificação nas recomendações do Ministério da Saúde. Apesar de não terem sido registradas reações de hipersensibilidade grave durante os ensaios clínicos pré-licenciamento, a partir do início da campanha de vacinação de adolescentes em nosso país identificou-se dezesseis casos de anafilaxia ocorridos poucos minutos após a vacinação.

Os pacientes foram prontamente atendidos e não houve óbitos. Para maior segurança da população e para melhor vigilância de ESAVI, o Ministério da Saúde adotou algumas precauções (saiba mais), entre elas a de não administrar QDenga® em concomitância com qualquer outra vacina. As recomendações são as seguintes:

• para vacinas inativadas, respeitar intervalo mínimo de 24 horas;
• para vacinas atenuadas, respeitar intervalo mínimo de 30 dias.



14. O QDENGA© ESTÁ ASSOCIADA À EXACERBAÇÃO DEPENDENTE DE ANTICORPO (ADE) EM INDIVÍDUOS PREVIAMENTE SORONEGATIVOS?

Após 4.5 anos de acompanhamento não houve evidências de exacerbação de doença ou aumento do risco de hospitalização em participantes que receberam QDENGA©.

 

15. A VACINA QDENGA© PODE SER FEITA NAS GESTANTES? E CASO TENHA SIDO FEITA INADVERTIDAMENTE, COMO PROCEDER?

Por ser vacina de vírus vivo atenuado, esta vacina esta contraindicada para gestantes. Nos casos descritos, onde a vacina foi administrada de forma inadvertida, em gestantes, não foi observado nenhum efeito danoso ao feto ou a gestação.


16. A VACINA QDENGA© PODE SER FEITA NA LACTANTE? HÁ DADOS DE SEGURANÇA?

A vacina está contraindicada para nutrizes ou lactantes, por não se conhecer dados de segurança para o bebê.

 

17. TOMEI DUAS DOSES DA VACINA DENGVAXIA©, MAS NÃO COMPLETEI O ESQUEMA? COMO PROCEDER?

O esquema iniciado com uma determinada vacina, deverá ser completado com o mesmo produto, como regra geral. Na indisponibilidade de vacina ou em situações de interrupção de esquema prévio com Dengvaxia©, pode-se realizar QDENGA©, desde que complete duas doses da mesma, com intervalo habitual de 90 dias.

 

18. TEM VALOR TOMAR A VACINA QDENGA© SE JÁ COMPLETEI TODO O ESQUEMA COM A VACINA ANTERIOR, DENGVAXIA©?

Não há dados de segurança que sustentem esta recomendação, por ora.

 

19. E PARA AS PESSOAS ACIMA DE 60 ANOS? EXISTEM DADOS?

Os dados de imunogenicidade e segurança estão em andamento. Assim, até que haja a disponibilidade dos dados, não recomendamos fazer a vacinação fora da faixa etária recomendada. Atualmente, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica (ANMAT), agência regulatória da Argentina, aprovaram o uso de QDENGA® a partir de 4 anos, sem limite superior de idade, considerando os potenciais benefícios da vacina nessa população (idosa, com comorbidades), em geral mais suscetível às formas graves da doença. Assim, a recomendação para indivíduos 60+ deve ser encarada como uma indicação “off label”, a critério médico, respaldada pela aprovação por outras agências regulatórias, mas sem dados que atestem a segurança e a eficácia.

 

20. MULHER EM IDADE REPRODUTIVA PODE VACINAR OU DEVEMOS TER ALGUM CUIDADO ESPECIAL?

Mulheres que estão em idade fértil, e pretendem engravidar, deverão ser orientadas a usar métodos de anticoncepção, por período de 30 dias após a vacinação.

 

21. QUAL O NÍVEL DE PROTEÇÃO OFERECIDO APÓS A ADMINISTRAÇÃO DA PRIMEIRA DOSE E POR QUANTO TEMPO DURARIA?

Foi demonstrada eficácia de 81% após 30 dias da primeira dose da vacina, o que poderia justificar seu uso para indivíduos que vivem em áreas não endêmicas que vão visitar países endêmicos e não têm tempo para receber a segunda dose antes da viagem. Mas a proteção de médio e longo prazo apenas foi demonstrada com o esquema preconizado
de duas doses (intervalo de 3 meses), uma vez que 95% da população do estudo completou esse esquema.

 

22. COMO PROCEDER DIANTE DA ADMINISTRAÇÃO INADVERTIDA DA VACINA QDENGA® EM LACTANTE?

Em conformidade com a recomendação do Ministério da saúde, em caso de vacinação inadvertida de mulheres amamentando crianças com até 6 meses, o aleitamento materno deve ser suspenso por 15 dias após a vacinação.

 

23. QUAIS OS CRITÉRIOS PARA ADMINISTRAÇÃO DA QDENGA® EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV OU COM DOENÇAS QUE CURSAM COM IMUNOCOMPROMETIMENTO?

Devem ser adotados os mesmos critérios utilizados para as vacinas vivas atenuadas em geral. A recomendação de vacinação deste grupo deve obedecer aos parâmetros imunológicos de indicação das vacinas vivas atenuadas:

• Não deve ser administrada em pessoas em imunossupressão grave por doença ou tratamento.

• Pode ser administrada se contagem de linfócitos T CD4+ for igual ou superior a 200 células /mm3.

• Em menores de 6 anos é preciso valorizar preferencialmente o percentual de linfócitos T CD4+, pois o número absoluto é passível de maiores variações: igual ou superior a 750 células /mm3 ou 26%.

 

24. A VACINA É CONTRAINDICADA PARA PESSOAS COM ALERGIA AO OVO OU À PROTEÍNA DO LEITE?

Não há contraindicação. Não há proteína do ovo ou do leite em sua formulação.

 

Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) e a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)

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