Pela quarta vez, o CRF-SP realizou o Espaço Âmbito Farmacêutico, evento que reúne várias áreas da Farmácia em um dia. No último sábado, 18, foi a vez de unir o Fórum de Farmacêuticos Clínicos e Hospitalares, Simpósio de Farmácia Magistral, Seminário de Suplementos Alimentares e o Seminário sobre Atenção Farmacêutica ao Idoso.  

Realizados simultaneamente no Espaço Fit, na capital, os eventos reuniram cerca de 500 farmacêuticos de diversas áreas, que lotaram os auditórios. Esse modelo de evento é uma iniciativa para integrar as áreas, assim como valorizar o trabalho das Comissões Assessoras que se empenham nas discussões voltadas ao fortalecimento da profissão em cada segmento e são abertas à participação dos profissionais.


COBERTURA JORNALÍSTICA DO EVENTO ÂMBITO FARMACÊUTICO
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FÓRUM DE FARMACÊUTICOS CLÍNICOS E HOSPITALARES

 

O “Fórum de Farmacêuticos Clínicos de Hospitalares: Dos materiais hospitalares ao cuidado com o paciente” foi uma realização conjunta das Comissões Assessoras de Farmácia Clínica e de Farmácia Hospitalar do CRF-SP, e teve por objetivo promover um intenso debate sobre questões de interesse comum às duas áreas, de forma a fortalecer a equipe multiprofissional em favor do bem-estar dos pacientes.

Na abertura do evento, o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Eduardo Menegasso, ressaltou que eventos como o Espaço Âmbito Farmacêutico são oportunidades de estar em contato com as principais discussões realizadas pelas comissões assessoras, sempre preocupadas em se pautar pelo que há de mais avançado nos setores em que atuam. “O CRF-SP fomenta essa aquisição de conhecimento por meio deste evento com formato dinâmico. No caso da Farmácia Clínica, a sociedade vem reconhecendo a importância desse serviço e cabe a nós retribuirmos com aprimoramento profissional, seja no âmbito hospitalar ou nas farmácias”.

 

Dr. Pedro Eduardo Menegasso (presidente do CRF-SP); dr. Antonio Geraldo dos Santos Ribeiro (secretário-geral do CRF-SP) e dr. Carlos Rogério da Silva, membro da Comissão Assessora de Farmácia ClínicaDr. Pedro Eduardo Menegasso (presidente do CRF-SP); dr. Antonio Geraldo dos Santos Ribeiro (secretário-geral do CRF-SP) e dr. Carlos Rogério da Silva, membro da Comissão Assessora de Farmácia Clínica

 

Para abrir a programação, a vice-coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica, dra. Sílvia Coimbra de Oliveira, falou sobre o papel do farmacêutico na padronização de insumos. Ela detalhou o trabalho da Comissão de Farmácia e Terapêutica, que são instâncias, dentro de hospitais ou clínicas de atendimento básico, responsáveis pela avaliação do uso clínico dos medicamentos, desenvolvendo políticas para gerenciar o uso, a administração e o sistema de seleção. Outros detalhes abordados por ela foram as premissas para padronização, os aspectos da avaliação e as ferramentas para o monitoramento.

Na sequência, a diretora da Unidade de Suprimentos do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, dra. Renata Ferreira, apresentou a questão voltada para o material médico hospitalar relacionado ao cenário atual, cujos principais problemas são ausência de regulação de preços, a falta de padronização de nomenclatura e a crise na saúde. “A crise econômica traz situações complicadas com a grande migração de pacientes que eram atendidos pelo sistema de saúde suplementar para o Sistema Único de Saúde (SUS). O desafio consiste em atender da melhor forma, garantir a qualidade nos processos”.

Dra. Renata abordou também o trabalho da Comissão de Avaliação de Tecnologias em Saúde, a quem cabe avaliar os critérios sob o ponto de vista de implicação clínica, econômica, social, ética e legal, além de organizativas e ambientais.

 

Dra. Vanessa de Andrade Conceição, dra. Renata Ferreira, dra. Denise Sierra e dra. Sílvia Coimbra de OliveiraDra. Vanessa de Andrade Conceição, dra. Renata Ferreira, dra. Denise Sierra e dra. Sílvia Coimbra de Oliveira

 

Cateteres

A enfermeira dra. Denise Sierra, que atua no Instituto do Coração (Incor) da USP, apresentou os riscos na manipulação de cateteres, relacionando à questão da fisiopatologia da infecção da corrente sanguínea ocasionada por esses dispositivos. “A prevenção e o controle das infecções passam a ser considerados para todas pessoas sob cuidado profissional, ou seja, nos ambulatórios, serviços de hemodiálise, instituições de longa permanência, instituições para doentes crônicos, assistência domiciliar e clínicas odontológicas”.

A também vice-coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP, dra. Vanessa Andrade Conceição, falou sobre o trabalho do farmacêutico clínico na equipe multiprofissional de terapia nutricional. Dentre as atribuições, é dever do farmacêutico ter acesso a todas as informações necessárias relacionadas não só com o fármaco e formulação, mas também em relação à condição clínica do paciente, do tipo de cateter de alimentação, e o regime de alimentação entérica utilizado para assim poder recomendar uma formulação adequada para administração por esta via. “Também é sua responsabilidade de informar o médico sobre o uso de uma via não indicada e discutir com o mesmo sobre alternativas terapêuticas”, afirmou a farmacêutica, que abordou ainda os medicamentos que alteram os nutrientes e o tempo de administrações dos fármacos, dentre outros tópicos.

Como complemento a este tema, o dr. Jefferson Martins, farmacêutico oncologista do Hospital Sírio Libanês, abordou o tema “Infusão de quimioterapia: focos nos cateteres em Oncologia”. Segundo o especialista, mais de 80% dos tratamentos com quimioterapia, hoje, são administradas por via intravenosa. “A infusão de quimioterapia é sistêmica, sendo crucial a conservação de acessos para que se possa dar continuidade ao tratamento”. A apresentação ainda contou com aspectos sobre cateteres venosos periféricos, cateteres venosos centrais e cuidados gerais sobre cateteres.

Outro conteúdo complementar foi apresentado pela dra. Cláudia Maria Andrade, enfermeira do Programa de Diálise do Incor, com o tema “Diálise: o mundo dos cateteres e soluções dialíticas”. Ela abordou particularidades dos processos de diálise e hemodiálise, os tipos de acessos vasculares, entre outras informações. “A escolha do melhor tratamento deve sempre considerar as condições clínicas do paciente, disponibilidade de equipamentos e a experiência da equipe médica e de enfermagem”, disse a enfermeira, que destacou a importância da atuação conjunta da Farmácia com a Enfermagem para o sucesso de ambos procedimentos.

 

Dr. Jefferson Martins, dra. Sílvia Coimbra de Oliveira, dra. Vanessa de Andrade e dra. Cláudia Maria AndradeDr. Jefferson Martins, dra. Sílvia Coimbra de Oliveira, dra. Vanessa de Andrade e dra. Cláudia Maria Andrade

 

Radiofármacos

A atuação do farmacêutico em Medicina Nuclear foi o tema da palestra ministrada pela dra. Monick do Amaral Evangelista. Armazenamento, que detalhou a longa lista de atribuições do profissional neste setor, entre as quais a distribuição e dispensação de radiofármacos, controle farmacocinético e farmacodinâmico, ensaios de equivalência farmacêutica e bioequivalência e monitorização farmacêutica (farmacovigilância). “Trata-se de uma área repleta de oportunidades para o farmacêutico que atua inserido em uma equipe multiprofissional, cujo desafio é trabalhar com um tipo de medicamento que não pode ser estocada dada às suas particularidades. Por isso, é importante o trabalho conjunto e em constante comunicação”.

O cuidado com o paciente voltou a ser abordado por meio da apresentação da enfermeira dra. Ticiane Carolina Campanili, que falou sobre Lesão por pressão – da prevenção ao cuidado e a tecnologia dos curativos inovadores. Ela ressaltou que, apesar dos avanços, o melhor serviço é aquele que previne e não o que mais trata. “As lesões por pressão aumentam os custos no tratamento, internação hospitalar prolongada, além de desconforto e impacto negativo sobre a qualidade do serviço prestado e a qualidade de vida dos pacientes”.

Para finalizar, a farmacêutica do Hospital Sírio Pamela Faustino falou sobre os medicamentos que interferem no tratamento de feridas, um problema que demanda grande envolvimento do farmacêutico e que representa uma séria comorbidade para o paciente. “O portador de uma lesão orgânica carrega consigo a causa dessa lesão: um acidente, queimadura, agressão, doença crônica, complicações após um procedimento cirúrgico, entre tantos outros”, afirmou a dra. Pamela. Dentre os medicamentos que mais interferem no processo de cicatrização estão os glicocorticoides, os anti-inflamatórios não esteroidais, quimioterápicos, anticoagulantes e antiplaquetários.

 

Dr. José Ferreira Marcos, dra. Pamela Faustino, dra. Monick Evangelista e dra. Ticiane Carolina Dr. José Ferreira Marcos, dra. Pamela Faustino, dra. Monick Evangelista e dra. Ticiane Carolina

 

Renata Gonçalez

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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I SIMPÓSIO DE FARMÁCIA MAGISTRAL

 

Farmacêuticos acompanharam o Simpósio de Farmácia Magistral Farmacêuticos acompanharam o Simpósio de Farmácia Magistral O Simpósio buscou mostrar a importância do setor magistral, assim como seu potencial para crescimento, já que os pacientes buscam cada vez mais a personalização do tratamento. O primeiro simpósio, intitulado Farmacotécnica magistral enfatizou os temas dermatologia, pediatria e formas farmacêuticas sublinguais.

A farmacêutica dra. Paula Renata A. R. N. Carazatto, docente dos cursos de terapêutica tópica em dermatologia e cosmetologia dermatológica, atua na formação de médicos residentes em dermatologia em Bauru, desde 1984, mostrou aos participantes um panorama dos produtos dermatológicos e foi possível concluir que há 50 anos, os produtos farmacêuticos não tinham apelo cosmético ou estético, o acesso a produtos importados ser muito mais restrito do que é hoje, além de terem alto custo e não serem adequados à pele de clima tropical.

Dr. Marco Fiaschetti, coordenador do Comitê de Farmácia Magistral do CRF-SP e dra. Paula Renata CarazattoDr. Marco Fiaschetti, coordenador do Comitê de Farmácia Magistral do CRF-SP e dra. Paula Renata Carazatto

 

Pele e seus anexos, permeabilidade cutânea, veículos ativos, doenças, formulações e tratamentos em geral, classificação da terapêutica dermatológica tópica, entre outros. Ela destacou as doenças mais comuns nos consultórios e que acabam tendo algum tipo de prescrição. Entre elas estão: acne, micoses superficiais, transtornos de pigmentação, ceratose actiníca e dermatite de contato. “É preciso ter conhecimento para sugerir qualquer alteração de alguma fórmula e, assim, fazer a abordagem ao médico”. Dra. Paula ainda chama atenção para a postura do farmacêutico. “Seja crítico, não tenha medo de intervir, afinal o que está em jogo é o seu nome, o nome da farmácia e o seu produto”.

Atuando diariamente com recém-nascidos que pesam de 800g a 1 kg, dra. Ana Lúcia Povreslo, docente em farmacotécnica, ministrante do CRF-SP e diretora da Anfarmag, destacou as especificidades das formulações magistrais na pediatria. “Na pediatria é preciso usar o mínimo possível de adjuvantes farmacotécnicos, principalmente corantes”. Ela enfatizou ainda que o farmacêutico deve se basear em fontes de referência, ter sempre como prioridade os princípios de segurança.

O dr. André Luiz Brandão, farmacêutico do SUS, ministrantes de pós-graduação e cursos que envolvem manipulação, produção, garantia e controle de qualidade, falou sobre as formas farmacêuticas sublinguais, ou seja, são preparações com foco no desenvolvimento para vias de administração de urgência ou alternativa para melhor biodisponibilidade para o fármaco.
Durante a apresentação, dr. André destacou as vantagens dessas preparações como absorção rápida, evitar efeito de primeira passagem, evitar interações com alimentos e/ou outros medicamentos, evitar inativação do fármaco no TGI, além de fácil administração.

Dr. André Luiz Brandão falou sobre preparações sublinguais e dr. Vagner Miguel destacou os demais profissionais de saúde que prescrevemDr. André Luiz Brandão falou sobre preparações sublinguais e dr. Vagner Miguel destacou os demais profissionais de saúde que prescrevem

Prescrição farmacêutica

Uma das conquistas mais importantes para o farmacêutico foi o tema da palestra do dr. Antonio Geraldo dos Santos, secretário-geral do CRF-SP, a prescrição farmacêutica. Ele ressaltou que na área magistral é muito difícil o farmacêutico estar no laboratório e também próximo ao paciente, então o ideal é que haja mais de um profissional por farmácia. “A prescrição não necessariamente precisa ser de medicamento, pode ser de atividade física, procura pelo médico, aumentar o consumo de água e para isso o farmacêutico também precisa ter conhecimento”.
Outro ponto abordado foi o fato de grande parte dos cursos de Farmácia não contarem com situações que exponham o aluno ao contato com o paciente. “Somos a única profissão na área da saúde que não faz residência. Passamos cinco anos estudando sem nos aproximar do paciente”.

O gerente técnico e de assuntos regulatórios da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, Anfarmag, dr. Vagner Miguel, focou sua palestra na prescrição por outros profissionais de saúde como médicos veterinários, cirurgião dentistas, nutricionistas, biomédicos, entre outros. “Cada vez mais outros profissionais tem entrado no âmbito da prescrição”. Dr. Vagner deixou bem claro o âmbito em que cada profissional pode prescrever.

A importância da avaliação farmacêutica da prescrição, assim como todos os itens que devem ser considerados ao aviar uma receita foi o tema da apresentação da dr. Ana Lúcia Povreslo. Ela mostrou exemplos de situações em que a intervenção do farmacêutico foi determinante como uma receita de furosemida 10mg/ml em que não constava o peso do paciente e, portanto, não era possível manipular o medicamento. 

 Dra. Ana Lúcia Povreslo falou sobre pediatria e avaliação da prescrição e dr. Antônio Geraldo dos Santos mostrou a importância da prescrição farmacêutica Dra. Ana Lúcia Povreslo falou sobre pediatria e avaliação da prescrição e dr. Antônio Geraldo dos Santos mostrou a importância da prescrição farmacêutica

 

 

 

 

 

 

SEMINÁRIO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES

 

São Paulo, 21 de março de 2017.

O Seminário de Suplementos Alimentares – Novas Fronteiras para o Farmacêutico foi um dos eventos que acontecem no sábado (18), no Espaço Âmbito Farmacêutico, e que foi organizado pelo recém-criado Grupo Técnico de Suplementos Alimentares, do CRF-SP. Durante o encontro, os palestrantes destacaram a oportunidade de atuação para os farmacêuticos num segmento que está em ampla ascensão.

Farmacêuticos e palestrantes debatendo sobre uma área que oferece excelentes oportunidadesFarmacêuticos e palestrantes debatendo sobre uma área que oferece excelentes oportunidades

Esse sentimento foi compartilhado pela diretoria da CRF-SP, que participou da abertura do evento dando as boas-vindas aos participantes e parabenizando os farmacêuticos pelo interesse na área. “Estou orgulhoso, porque este é o primeiro evento do nosso grupo de suplementos. Quando a profissão começa a se desenvolver numa determinada área, nós sempre estamos à frente nas discussões e ajudando na criação da regulamentação. E o trabalho feito pelo grupo técnico é importante e pioneiro’, destacou o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso. Também falaram para o público os diretores, dr. Antônio Geraldo, secretário geral, dr. Marcos Machado, diretor-tesoureiro, e a vice-presidente, dra. Raquel Rizzi.

Diretoria de CRF-SP participando da abertura do eventosDiretoria de CRF-SP participando da abertura do eventos

No Brasil, o mercado de suplementos é quase que totalmente controlado por “body shops”, ou seja, lojas especializadas em comercializar os produtos (seja de maneira física ou virtual). No entanto, trata-se de um nicho que pode ser melhor aproveitado pelo farmacêutico, uma vez que é uma categoria de produto que necessita de orientação adequada e profissional.

Esq. p/ dir. dra. Prscila Dejuste, dr. Henry Okigami, dra. Hellen MalulyEsq. p/ dir. dra. Prscila Dejuste, dr. Henry Okigami, dra. Hellen Maluly

Na palestra “Regulamentação e Mercado”, a dr. Priscila Dejuste, conselheira e especialista na área, apresentou um panorama do segmento e da necessidade de um marco regulatório especifico para a categoria de suplementos. “Precisamos discutir e pensar melhor sobre a área. Temos uma legislação de 19 anos atrás. Então, a gente tem muita coisa para definir em relação às resoluções e legislações. O que falta ainda é mais conhecimento e entrar de vez na área”, comentou. O especialista Henry Okigami participou da palestra apresentando alguns conhecimentos requeridos para o farmacêutico que atua no segmento.

A palestrante dra. Hellen Dea Barros Maluly fez uma apresentação sobre os tipos de de Whey Protein, BCAA e outros aminoácidos disponíveis no mercado, quais suas indicações e informações técnicas dos produtos usados na suplementação esportiva.

Dra. Raquel Rizzi, dr. Luiz Moreira e dra. Lucyanna KallufDra. Raquel Rizzi, dr. Luiz Moreira e dra. Lucyanna Kalluf

O dr. Luiz Fernado Moreira descreveu as características e formas de uso da cafeína e creatina, substâncias utilizadas para fins esportivos, mas também indicadas para o tratamento de outras condições de saúde como: ansiedade, depressão e perda da massa e força muscular relacionada à idade.

Já a dra. Lucyanna Kalluf, que é farmacêutica e nutricionista, falou sobre a vitamina D, seus efeitos na insuficiência e a suplementação e sua função reguladora na concentração de cálcio.

Para encerrar o evento, foi realizado um debate em que o público interagiu com os palestrantes fazendo perguntas e comentários.

 

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

 

SEMINÁRIO SOBRE ATENÇÃO FARMACÊUTICA AO IDOSO

 

2017 03 21 idosos publicoO Seminário Atenção Farmacêutica ao Idoso foi promovido pelo Grupo Técnico de Cuidado Farmacêutico ao Idoso e debateu a questão judicial da interdição, as alterações fisiológicas, o impacto dos medicamentos e a farmacoterapia nos idosos. Além disso, também abordou o papel do farmacêutico nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIS).
A diretoria ressaltou a importância do CRF-SP criar um grupo específico para debater a atenção ao idoso. “O principal paciente nas farmácias, em muitas cidades do Estado, é o idoso, que demanda uma orientação diferenciada, já que, muitas vezes, faz uso de polifarmácia e tem maior dificuldade de adesão. Por isso, é essencial que o farmacêutico seja capacitado em relação a atenção farmacêutica para essa parcela da sociedade”, apontou.

Mesa de discussão: Dra. Alessandra Gallo Petraroli Tateyama, dr. Claudinei Alves Santana e  dr. Gustavo Alves Andrade dos SantosMesa de discussão: Dra. Alessandra Gallo Petraroli Tateyama, dr. Claudinei Alves Santana e dr. Gustavo Alves Andrade dos SantosO evento foi iniciado com uma orientação jurídica sobre a interdição do idosos, apresentada pelo advogado especialista em Direito Público, dr. Marcelo Martinez, que destacou que a interdição do idoso afeta somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e de negócios. “Hoje ela não alcança o direito do idoso ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto”. Ele indicou ainda que para se interditar um idoso não basta apenas apresentar o laudo médico, mas também uma perícia judicial.

O Brasil teve um aumento muito rápido no número de idosos (há 50 anos a expectativa de vida no país era de 48 anos; hoje é de 73), o que acarretou em uma série de problemas sociais, econômicos e também na área da saúde, já que não havia tantos estudos em relação ao cuidado ao idoso como tem surgindo agora. Outra questão que envolve à saúde dessa parcela da população é a necessidade do cuidado multiprofissional. Nesse sentido, o farmacêutico precisa estar apto a desenvolver o seu papel nessa equipe.

Para isso, entre as palestras técnicas do seminário, foram debatidas as alterações fisiológicas do idoso e o impacto na ação dos medicamentos pelo dr. Claudinei Santana, mestre em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da USP, com experiência em Educação, Farmácia Clínica, assistência, atenção e adesão à tratamentos medicamentosos. “O declínio fisiológico natural inicia no ser humano a partir dos 30 anos e isso afeta diretamente as ações do medicamento no corpo. ”

Dr. Gustavo Alves dos Santos, coordenador do Grupo Técnico de Cuidado Farmacêutico ao Idoso do CRF-SP e dra. Michele Antonialli, membro do Grupo Técnico de Cuidado Farmacêutico ao Idoso do CRF-SPDr. Gustavo Alves dos Santos, coordenador do Grupo Técnico de Cuidado Farmacêutico ao Idoso do CRF-SP e dra. Michele Antonialli, membro do Grupo Técnico de Cuidado Farmacêutico ao Idoso do CRF-SPO coordenador do grupo técnico realizador do seminário, dr. Gustavo Alves Santos, logo em seguida, ministrou a palestra “Farmacoterapia nas Demências”. Durante sua explanação, o farmacêutico doutor em Biotecnologia e pesquisador em Doença de Alzheimer falou sobre as principais causas e tratamentos para as principais demências em idosos. “O Alzheimer, por exemplo, atinge hoje 1,2 milhão de idosos no Brasil, o que representa mais de 5% das pessoas nessa faixa etária. Mais sério ainda é que apenas metade desses pacientes estão diagnosticadas com a doença.”

Para finalizar, dra. Alessandra Gallo Petraroli Tateyama apresentou o papel do farmacêutico nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). “Ainda não são todas as ILPIs que contam com farmacêutico, porém o número de medicamentos administrados nesses locais é bem expressivo, assim como a necessidade de serviços farmacêuticos nos pacientes, que poderão ter uma melhor adesão, mas também um trabalho diferenciado em relação a interações medicamentosas.”

 

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